O deputado federal Christino Áureo (PP) anunciou um convênio
entre o Ministério da Saúde e o Hospital Plantadores de Cana, em Campos. Mais
de R$ 3 milhões, divididos em 12 parcelas, serão liberados para a unidade.
O HPC enfrentou, no último mês, uma grave crise financeira
devido a atrasos no repasse de verbas, que causou, entre outros problemas, o
fechamento da pediatria e a suspensão de cirurgias eletivas. Os recursos serão
utilizados para atender a seis leitos de UTI tipo A, 10 de UTI Neonatal e 24
para gestantes de alto risco.
Segundo o deputado, o convênio será assinado na próxima
terça-feira (17), quando o ministro e o presidente Jair Bolsonaro (sem partido)
assinam o convênio. A publicação em Diário Oficial está prevista para o dia
seguinte. Segundo a assessoria, trata-se de uma emenda carimbada e o recurso
vai para ser encaminhado para secretaria de Saúde do município que terá que
repassar o valor para o hospital.
— O hospital é muito bem administrado, com transparência e
seriedade, mas precisa de recursos para desenvolver o trabalho sério a que se
propõe. Por isso decidimos buscar estes recursos para a unidade que atende a
cidade de Campos, mas também outros municípios do Norte Fluminense — afirmou
Christino Áureo.
Crise - Em novembro e
dezembro, o atendimento pediátrico, a realização de cirurgias eletivas e o
fornecimento da alimentação para acompanhantes de pacientes foram suspensas na
unidade que teve atraso no repasse de verbas municipais. Por causa disto, a
promotoria da Infância e da Juventude de Campos protocolou, no dia 6 de novembro,
duas ações civis públicas contra o município por falta de repasses de cerca de
R$ 11 milhões ao HPC e HBP. O hospital também procurou diretamente a justiça,
que recebeu cerca de R$ 2,5 milhões judicialmente e R$ 2 milhões via verba
estadual. Segundo o hospital, o município deve, ainda, cerca de R$ 5,5 milhões,
motivo pelo qual o atendimento pediátrico, a realização de cirurgias eletivas e
o fornecimento da alimentação para acompanhantes de pacientes não serão
retomados por ora.
FONTE:FOLHA 1
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