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13/12/2019

MUNICÍPIO DE ITALVA-RJ VIVE O MOMENTO MAIS TURBULENTO DE SUA HISTÓRIA

ITALVA CIDADE DO KIBE

Por Avelino Ferreira é jornalista e professor

A prefeita de Italva/RJ, Margareth Soares, a Margareth do Joelson (PP), e seu vice, Bruno Silva de Souza, o Bruninho (PV), tiveram seus mandatos cassados definitivamente pelo Tribunal Superior Eleitoral, “por conta de compra de votos nas eleições de 2016”. A decisão do TSE ocorreu na manhã de ontem, dia 12/12/2019, determinando que haja nova eleição, o que deverá ocorrer em março.

Com a cassação dos mandatos dos cargos majoritários, deve assumir a Prefeitura, nas próximas horas, o presidente da Câmara, Alcirley Lima, que exerce seu mandato de vereador pela terceira vez e tem sua base eleitoral no distrito de Dr. Matos. Pelo que se sabe, Alcirley não deverá concorrer ao pleito majoritário, que tem como protagonista Leonardo Orato Rangel, o Léo Pelanca (PSC), que perdeu a eleição para Margareth em 2016 por 141 votos e foi quem impetrou ação contra a prefeita.

A ação movida por Leonardo, acusando compra de votos por parte da prefeita eleita, foi atestada pela Justiça Eleitoral, que também investigou o caso e determinou a cassação de Margareth e de Bruno, seu vice, em 2017. A prefeita recorreu, mas o Tribunal Regional Eleitoral cassou a prefeita em 2018, assumindo o presidente da Câmara na ocasião, Claudinei Melo.

Como a Câmara não poderia ficar acéfala, os vereadores promoveram eleição para eleger um novo presidente. Venceu o Edil Alcirley Lima, que continua no cargo. Todavia, como a prefeita, após 12 dias afastada, conseguiu uma liminar para manter-se no cargo, Claudinei Melo retornou à Câmara e ingressou na Justiça para reaver a presidência, da qual ele teve que renunciar para assumir a Prefeitura. Sua alegação é que não fora convocado para a eleição. No entanto, ele não era mais presidente naquele momento. Resta saber se o seu suplente foi chamado para assumir sua vaga.

O imbróglio não permite uma previsão do que vai acontecer, pois o Judiciário recebeu a ação movida por Claudinei há tempo e não se pronunciou. Agora, a Promotoria, ao que parece, deseja que se realize uma nova eleição para a presidência da Câmara. Não creio que isso ocorra, porém, a decisão é do Judiciário, que deve se pronunciar nas próximas horas (ou dias).

A população de Italva está estupefata, pois desde a criação do município, que se emancipou de Campos em 1986, jamais ocorreu algo parecido. E mais: em 2016 foi a primeira vez que os italvenses elegeram uma mulher para a chefia do Executivo. E pela primeira vez houve uma cassação de um chefe do Executivo.

O caso se agrava porque, dependendo da decisão do Judiciário, pode ser que o Executivo e o Legislativo fiquem acéfalos por um determinado período. Ou seja, sem prefeito e sem presidente da Câmara. Algo inédito na “Pedra Branca”, que até hoje tem, como expoente maior o prefeito Eliel de Almeida Ribeiro, que morreu no primeiro ano de seu terceiro mandato, em 2009, aos 55 anos de idade. E que deixou saudades.


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