Com o objetivo de garantir mais qualidade de vida para
pessoas acamadas, evitando complicações que podem surgir ao passar longos
períodos na mesma posição, estudantes do 6º período do curso de Engenharia
Mecânica dos Institutos Superiores de Ensino do Censa (Isecensa) deram vida à
uma alternativa bastante útil, criativa e barata. Os alunos Glauber Soriano
Ribeiro e William Moreira Gomes Neto, sob a orientação da professora Laryce
Souza, construíram quatro cadeiras de apoio para leito, a partir de tubos de
PVC, que foram entregues, na última sexta-feira (6), aos internos do Asilo
Monsenhor Severino. A intenção é que este recurso permita aos idosos acamados
se sentar à beira da cama para tomar medicação, assistir TV, fazer fisioterapia,
entre outras atividades comuns do dia a dia.
De acordo com a professora, a escolha do PVC se deu por
outros três motivos além do baixo custo: é um material leve para ser
transportado, possui alta resistência e fácil manutenção. Os alunos iniciaram o
projeto a partir de uma visita ao Asilo, em novembro, para conhecer os leitos
onde os idosos ficam concentrados e fazer as respectivas medições, a fim de
encontrar uma dimensão ideal para as cadeiras. Posteriormente, se reuniram
semanalmente no Laboratório de Usinagem e Soldagem da instituição de ensino para
condução dos trabalhos.
Ainda segundo Laryce, a parceria com a entidade assistencial
foi o piloto para uma iniciativa que deve ser expandida no próximo ano letivo.
“Vamos avaliar parcerias junto a outras entidades e hospitais, mobilizando
ainda mais alunos para integrar ao projeto. Além disso, até mesmo estudar novas
possibilidades através do Programa Voluntário de Iniciação Científica (Provic)
do Isecensa, com tecnologia agregada às construções”, adiantou a docente.
A inspiração para os jovens veio de um projeto desenvolvido
por um fisioterapeuta de São Paulo, que teve a ideia ao notar a dificuldade dos
pacientes. Sem uma mobília preparada
para que as pessoas possam se apoiar adequadamente, sentá-las em uma poltrona
comum acaba trazendo mais riscos. E com esta alternativa, é reduzido o risco de
queda, uma vez a cadeira fica acoplada no próprio leito, demandando apenas o
auxílio de um profissional para ajudar a pessoa a se sentar.
“Sabemos que esta situação impacta diretamente no bem-estar e
até mesmo contribui para doenças que podem surgir em decorrência da
imobilidade, como pneumonia e úlcera de pressão. Por isso, apresentamos esta
solução e esperamos que faça a diferença na vida de muitas pessoas”, informou a
professora Laryce Souza, acrescentando que a iniciativa paulistana não possui
patente, visto que o objetivo central é ver promover ainda mais reproduções
deste dispositivo em todo o país.
Fonte: Ascom
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