O G1 Zona da Mata, portal de notícias da Globo, publicou
matéria sobre o estado de calamidade em que se encontra a cidade de Espera
Feliz após a enchente deste fim de semana.
Na matéria, o prefeito municipal Carlinhos Cabral diz que “a
cidade acabou”. Veja a íntegra da notícia abaixo:
O município de Espera Feliz, na Zona da Mata de Minas Gerais,
ficou completamente destruído após as fortes chuvas que atingiram a região na
sexta-feira (24) e no sábado (25). Pelo menos 1.500 pessoas estão desabrigadas
na cidade.
Nesta segunda-feira (27), o G1 conversou com o prefeito
Carlinhos Cabral (PPS), que afirmou que a cidade foi devastada pelo temporal.
“O rio subiu de dois a três metros em um período muito
rápido. Estimamos que 75% da cidade foi invadida pela água. É uma situação
nunca vista antes em Espera Feliz, nossa cidade acabou.”, afirmou o prefeito.
Pela proximidade com o Pico da Bandeira, no Parque Nacional
do Caparaó, foram registradas cabeças d’água em cachoeiras do local que
desceram em um volume muito grande para o Rio São João, que passa em Espera
Feliz.
‘Uma situação nunca
vista antes’
Espera Feliz, com aproximadamente 25 mil habitantes, foi
arrasada por enchentes, deslizamento de terra, problemas de estrutura nas
pontes que servem de entrada ao município.
A secretária de Governo e Gestão, Vera Lúcia Grillo Ramos,
explicou à reportagem que um decreto de situação de emergência foi enviado ao
Governo de Minas Gerais na última sexta-feira (24). Entretanto, a Administração
Municipal está considerando o caso como calamidade pública, porém não conseguiu
acesso ao prédio do Executivo para formalizar a situação.
Conforme a secretária de Governo explicou, a estimativa é de
que oito mil pessoas chegaram a ficar desalojadas, em abrigos, igrejas e casas
de familiares desde sexta-feira.
A Prefeitura está realizando o levantamento e afirmou que
mais de 1,5 mil pessoas perderam tudo nas residências, e não podem mais
retornar, o que as caracteriza com desabrigadas.
No domingo (26), foi divulgado pela Defesa Civil municipal e
pelo Corpo de Bombeiros que 11 pessoas estavam desaparecidas durante a
enchente. Cabral confirmou nesta segunda que todos foram encontrados com vida
e, até o momento, não há registro de óbito em decorrência das chuvas.
O comércio também foi afetado. Diversos lojistas de variados
seguimentos perderam mercadorias e os bancos da cidade não estão funcionando.
Vera explicou que ainda há pontos onde o fornecimento de
energia não foi restabelecido. Já em relação ao abastecimento de água, a Copasa
informou ao município que canos que levam o produto às residências foram
rompidos durante a tempestade. Às 7h desta segunda-feira, foi restabelecido o
fornecimento, porém de forma emergencial.
Seis dos sete postos de saúde do Programa de Saúde da Família
(PSF) foram inundados e afetados. Apenas a unidade localizada na Zona Rural
funciona sem comprometimentos.
O prefeito também revelou que as quatro pontes que ligam a
cidade estão interditadas com risco de desabamento. Para acessar Espera Feliz e
transitar entre partes do município, é preciso passar por um contorno não
asfaltado por fora da cidade.
“Nossa situação é muito crítica. Temos mais de 10 mil pessoas
que estão com problemas, pessoas que perderam tudo. Foi a pior enchente que já
ocorreu na cidade.”, relatou Cabral.
Nesta segunda, não há expediente no prédio da Prefeitura,
entretanto Carlinhos afirmou que todos os servidores estão a postos para
trabalhar na limpeza da cidade e na ajuda aos desabrigados.
O prefeito Carlinhos Cabral afirmou ao G1 que ainda não
recebeu verbas de emergência. Uma equipe da Defesa Civil Estadual e do Corpo de
Bombeiros de Valadares estiveram no local no domingo (26).
Os moradores que perderam tudo nas residências ou estão em
situação de risco foram abrigados em cinco pontos diferentes, entre igrejas,
associações, escolas estaduais e um Seminário da Igreja Católica, localizado no
Centro da cidade.
No Seminário, ocorre a concentração de servidores e
voluntários que recebem doações de roupas, alimentos não perecíveis, bens
materiais, água potável e outros produtos. Os interessados em doar estes
materiais podem ir até o local.
DO G1 ZONA DA MATA
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