Movimento do comércio popular no Brás no mês do Natal superou
o de igual período em 2018 – Foto:Agência Brasil.
Pesquisa divulgada hoje (8) pela Confederação Nacional da
Indústria (CNI) aponta que houve um recuo de 2,1 pontos no índice de medo de
desemprego, na comparação entre os trimestres encerrados em setembro e dezembro
de 2019. Com o recuo, em dezembro, o índice ficou em 56,1 pontos. Apesar da
queda, permanece acima da média histórica de que é de 50,1 pontos. A pesquisa
ouviu 2 mil pessoas em 127 municípios entre os dias 29 de novembro e 2 de
dezembro de 2019. O índice varia de zero a cem pontos. Quanto menor o
indicador, menor é o medo do desemprego.
De acordo com a CNI, o resultado apurado em dezembro de 2019
também ficou acima do observado no mesmo mês de 2018, quando o índice foi de 55
pontos. Na variação ao longo do ano, o índice de medo de desemprego apresentou
um aumento de 4,3 pontos no primeiro semestre de 2019. No segundo semestre, o
indicador se recuperou e acumulou uma alta de 3,2 pontos até o fim do ano.
“O medo do desemprego permanece mais elevado entre os
brasileiros com renda familiar de até um salário mínimo. Nessa faixa de renda,
o indicador subiu 0,9 ponto em relação a setembro e atingiu 69,7 pontos em
dezembro, muito acima dos 37,4 pontos verificados entre as pessoas que recebem
mais de cinco salários mínimos”, disse a CNI.
Mulheres – O medo do desemprego também é maior entre as
mulheres. A diferença em relação aos homens alcançou, em dezembro, o maior
patamar desde março de 2005. Isso ocorreu porque, entre as mulheres, o índice
aumentou 0,6 ponto frente a setembro e passou para 63,2 pontos em dezembro.
Entre eles, o indicador caiu 5 pontos e recuou para 48,5 pontos, mostra a
pesquisa, que ouviu 2 mil pessoas em 127 municípios entre os dias 29 de
novembro e 2 de dezembro de 2019.
O levantamento mostra ainda que os brasileiros estão menos
satisfeitos com a vida. Em dezembro, a pesquisa apurou que o índice de
satisfação com a vida caiu 0,7 ponto em relação a setembro e ficou em 68,3
pontos no mês passado. Ainda assim, o índice se encontra abaixo da média
histórica, que é de 69,6 pontos.
Os brasileiros com maior renda familiar e maior nível de
instrução apresentam maior satisfação com a vida. “Entre os com educação
superior, o indicador alcançou 70,5 pontos, muito acima dos 65,3 pontos
registrados entre aqueles que têm até a quarta série do ensino fundamental.
Entre os que renda familiar superior a cinco salários mínimos, o índice ficou
em 73,1 pontos em dezembro, 8,6 pontos acima dos 64,5 pontos registrados entre
os que tem renda familiar de até um salário mínimo”, disse a CNI.
(Com a Agência Brasil)
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