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29/02/2020

FIM DO CICLO DO PETRÓLEO E DESAFIOS PARA CAMPOS E MACAÉ-RJ A PARTIR DE 2020


por Ranulfo Vidigal


O norte do Estado do Rio de Janeiro tem atualmente 970 mil habitantes e, segundo projeções de demógrafos terá 1,1 milhões de habitantes em 2030. As duas cidades economicamente mais importantes – Campos e Macaé possuem, respectivamente, 512 mil e 262 mil habitantes.

Outrora rainhas do pedaço, no recebimento da indenização petrolífera da Bacia de Campos, passam na atualidade por um novo momento de queda abrupta e acelerada de recursos fiscais oriundos do ouro negro.

Macaé recupera-se do baque na produção petrolífera possuindo uma boa infraestrutura aeroportuária, e Campos concentra sua economia no agronegócio e nos serviços de saúde e educação (do básico ao universitário).

Vale lembrar, que 60 por cento da mão de obra empregada no Porto do Açu percebendo bons salários, na vizinha São João da Barra, demanda a estrutura social, cultural, imobiliária e viária da capital do açúcar.

A exemplo dos outros municípios petrorrentistas, o aperto fiscal predominará, ainda mais em Campos, diante da cotação do ouro negro despencando, de novo, para a faixa dos 50 dólares por barril. Portanto, ajustar a máquina a esta nova realidade é imperativo, particularmente na capital do açúcar que deve somente a deus e a todo mundo na cidade.

As diversas pesquisas de intenção de votos disponíveis mostram que na cidade do açúcar, mais de 70 por cento dos eleitores ainda não pensa na sucessão municipal. Por outro lado, entre os que já discutem esse tema (a minoria), as escolhas recaem sobre dois candidatos do campo popular da capital do açúcar e do petróleo. Com um segundo turno acirrado e disputado voto a voto.

A questão que se coloca nesse contexto de contradições é como racionalizar o uso do fundo público municipal compatível com uma Receita Corrente Líquida (de impostos e transferências estaduais e federais) de apenas R$ 1,5/1,6 bilhão, em 2021?

E, ao mesmo tempo, acomodar os diversos interesses incrustados na máquina pública inchada e pouco capaz de prover o cidadão comum de serviços públicos de boa qualidade promovendo desenvolvimento justo, redução das desigualdades e gerando oportunidades produtivas com bem estar para todos?


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