Ministra de Estado da Mulher, da Família e Direitos Humanos, Damares Alves / Carolina Antunes/PR
A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos,
Damares Alves, informou que o governo federal vai lançar uma campanha para
incentivar as mulheres a ingressar na política. Segundo a ministra, o objetivo
é aumentar o número de mulheres candidatas nas eleições de outubro deste ano,
para prefeitos e vereadores em todos os 5,5 mil municípios do país.
"Nós vamos conversar a conversar com o Brasil, para que
muitas mulheres venham a ser candidatas. Nós já conversamos com todos os
partidos, as secretarias de Mulheres de todos os partidos fizeram um
compromisso conosco de que os partidos vão trabalhar muito para ter um número
muito maior de candidatas", afirmou a ministra, após participar de
cerimônia, no Palácio do Planalto, para marcar o Dia Internacional da Mulher,
comemorado em 8 de março. O evento contou com a participação do presidente Jair
Bolsonaro, da secretária especial da Cultura, Regina Duarte, e da primeira-dama
Michelle Bolsonaro, além de outras autoridades.
A campanha do governo federal deverá ter uma mensagem
semelhante à campanha do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que começou a ser
veiculada nesta semana, e que ficará no ar durante o mês de março, em emissoras
de TV e rádio, para incentivar as mulheres a participarem da vida política e a
se candidatarem a cargos públicos.
"Nós queremos que todas as cidades tenham, no mínimo,
uma mulher vereadora. Ainda temos 1,4 mil municípios no Brasil sem uma mulher
na Câmara", acrescentou Damares Alves, ao reforçar a necessidade da
campanha. Ela ainda prometeu percorrer os estados do país incentiva ndo
mulheres a entrar na política. "Eu vou começar a andar, a partir da semana
que vem, nos municípios todos que eu puder ir no Brasil, chamando mulheres para
o processo político-eleitoral. Nós precisamos ter mais mulheres para esse
processo".
Delegacias da mulher
A ministra reconheceu que as estatísticas de feminicídio e de
violência contra a mulheres são muito negativas no Brasil, e defendeu a
necessidade de ampliar a oferta de serviços especializados em delegacias de
todo o país.
"Nós vamos lutar para que todas as delegacias tenha um
núcleo especializado em mulher. Então, é possível a gente sair de 9% para 100%
dos municípios [com delegacias da mulher] em menos de três anos". Em
novembro do ano passado, o governo lançou projeto para capacitar delegacias de
todo o país com esse objetivo.
Estupro em aldeias
Damares Alves ainda denunciou a prática de estupro coletivo
em aldeias indígenas. Sem citar casos específicos, ela mencionou a prática de
rituais que, segundo a ministra, incluiriam violência sexual.
"Existe um ritual, em alguns povos chamado Puxxirum.
Significa mutirão. Em alguns povos, escolhe-se mulheres e meninas para fazer um
mutirão sexual com ela. Mutirão sexual para mim é estupro coletivo. Existem
muitas aldeias que ainda fazem estupro coletivo", afirmou. Segundo ela, a
ação do governo não será de interferência cultural. "Vamos cuidar, sem
criminalizar esse índio, sem fazer interferêncuia cultural, [nem] colocar esse
índio na cadeia. Nós vamos dialogar com os povos."
Fonte: Pedro Rafael Vilella, da Agência Brasil.
Nenhum comentário:
Postar um comentário