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12/04/2020

HOSPITAL FERREIRA MACHADO EM CAMPOS DOS GOYTACAZES-RJ: DENUNCIA DE SINDICATO GERA FISCALIZAÇÃO DO CREMERJ

           Segundo sindicato, funcionários correm risco por falta de equipamentos

Profissionais da saúde do Hospital Ferreira Machado (HFM), especialmente da área da enfermagem que atuam na linha de frente no atendimento, estão correndo risco de vida, segundo denúncia do Sindicato dos Profissionais de Enfermagem de Campos, que contesta as declarações dos gestores da secretaria municipal de Saúde de que a unidade esteja preparada para receber possíveis casos suspeitos de coronavírus.  Inclusive, uma fiscalização do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) acontece nesse final de semana no HFM em função desta denuncia. A presidente da entidade, Roseni Camilo Paes (foto acima), diz que biossegurança é o que não existe na unidade de saúde, falta equipamentos de proteção individual (EPIs).


- A direção está pedindo aos profissionais que fiquem com a máscara durante todo o plantão, porque sua durabilidade é de um mês. E nós sabemos que não é isso.  Um casal de idosos deu entrada no hospital com problemas respiratórios, tendo que fazer drenagem no pulmão e tórax, entre outros procedimentos, e ficou lá embaixo junto com todos os outros pacientes, durante horas e horas – denuncia a presidente.
  
Roseni Camilo afirma que os profissionais do HFM estão com medo de trabalhar. Ela conta que os que têm 60 anos de idade ou mais foram dispensados, no entanto, não houve reposição de pessoal. E, ainda, que normalmente, um plantão de 24h são quatro técnicos de enfermagem e, ultimamente, somente dois estão fazendo o trabalho no plantão, sobrecarregando a equipe.
  
- É preciso ter responsabilidade com a população, mas também com os profissionais que estão trabalhando, recebendo e cuidando dos pacientes. É preciso lembrar que estamos falando de uma pandemia - finaliza Roseni Camilo.

A Prefeitura de Campos ainda não se manifestou sobre a denuncia.

Profissionais reclamam da falta de equipamentos em várias cidades
  
Profissionais da saúde de vários lugares do país reclamam da falta de equipamentos de proteção individual, essenciais para o combate à pandemia do novo coronavírus.

As luzes das ambulâncias e o silêncio são uma homenagem dos colegas do hospital do Campo Limpo, em São Paulo. “Esse vídeo vai em homenagem à nossa querida colega Luzanira, que nos deixou hoje”.

Enquanto algumas cidades ainda não têm registro de casos, em outras já há baixas na batalha contra a Covid-19. Uma batalha intensa em hospitais como o municipal do Tatuapé, na Zona Leste de São Paulo. Os leitos da UTI estão ocupados e a sala de observação do pronto-socorro virou uma unidade semi-intensiva improvisada com 14 pacientes.

Um dos profissionais de saúde gravou as imagens e um outro, que não quer ser identificado, fala da falta de equipamentos de proteção no hospital: “Até está sendo disponibilizado o avental impermeável, porém além dele você tem que usar o descartável por cima porque você não pode sair de um paciente e atender o outro com o mesmo. Porém, não está tendo esse descartável. A máscara cirúrgica também não está tendo.”

O perigo para quem está na linha de frente é enorme porque ao trabalhar diretamente com os doentes os profissionais de saúde recebem uma carga de vírus e podem, por isso, desenvolver as formas graves da doença. As queixas se multiplicam no país. O Conselho Federal de Enfermagem já recebeu quase 3,6 mil denúncias de falta, escassez ou má qualidade dos equipamentos de proteção individual como máscaras, luvas e aventais.
  
“Por exemplo, no estado do Amapá, nós recebemos denúncias de pacientes com diagnóstico positivo de Covid-19 e os profissionais atendendo sem equipamento de proteção individual adequado”, diz o presidente do Conselho Federal de Enfermagem, Manoel Neri.

Os pedidos de ajuda chegam também por e-mail. Um deles, de São José do Xingu, em Mato Grosso, relata a falta de máscaras cirúrgicas, avental, protetor facial, óculos, luvas, propé e álcool gel.

Ou por mensagem de áudio: ‘Avental é aquele avental que a gente usa para dar banho, um avental de TNT bem fraquinho, não temos avental impermeável.”

Também tem relatos nas redes sociais, como o de um enfermeiro, no Rio. Ele disse que nas primeiras 12 horas de trabalho, cuidou de conseguir material para abastecer o setor. Não havia capote nem máscara para começar o plantão.

A Associação Médica Brasileira já acumula quase três mil denúncias em 611 municípios.


CAMPOS 24 HS 

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