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14/05/2020

“ACABOU O DINHEIRO”: PREFEITO DE CAMPOS DOS GOYTACAZES-RJ RAFAEL DINIZ LAMENTA PIOR PAGAMENTO DE BÔNUS DOS ROYALTIES DA HISTÓRIA



Pela segunda vez consecutiva, Campos bate mais uma recorde negativo na arrecadação da Participação Especial (PE, bônus dos royalties pago pela produtividade dos poços petróleo). Nesta quarta, o município recebe pouco mais de R$ 1,1 milhão, uma redução de 81% na comparação com o pago no trimestre anterior, cerca de R$ 5,9 milhões. Ao se olhar o mesmo trimestre do ano passado, o choque é ainda maior: R$ 32 milhões, 96,5% a menos. Ao se considerar os primeiros quatro meses deste ano e os do ano anterior, as perdas acumuladas já batem os R$ 130 milhões.

O R$ 1,1 milhão recebido este mês é o menor valor da história da cidade, que já chegou a receber da União R$ 189 milhões num único mês de Participação Especial, em fevereiro de 2013, 170 vezes maior do que o depositado hoje. Números que dão a dimensão da crise dos cofres municipais, que tinham no repasse das indenizações pela exploração do óleo na Bacia de Campos a sua principal fonte de renda.

“O dinheiro acabou”, decreta o prefeito Rafael Diniz. “A gente vem passando por sucessivas quedas nas receitas dos royalties. E a tendência daqui para frente é essa. “Por isso falamos, desde o início do nosso governo, sobre a necessidade de reduzirmos o custeio, reduzirmos a folha”.

De fato, a crise tem se refletido em cortes de pessoal e atraso nos pagamentos de terceirizados e RPAs. Os repasses a hospitais filantrópicos também foram infrequentes, o que provocou questionamentos e mobilizações de médicos e enfermeiros.

“Venho tomando medidas de austeridade desde o início do mandato, que muitas vezes causam insatisfação. Estamos adaptando a cidade a uma nova realidade financeira. Quem não entender que Campos não tem mais o dinheiro de antes, vive uma ilusão”, argumenta Diniz.

O diretor de Petróleo e Gás da Superintendência de Ciência, Tecnologia e Inovação de Campos, Diogo Manhães, explica que, além da queda gradual dos últimos anos, o valor da Participação Especial arrecadado este mês já reflete o impacto do cenário atual, de crise do preço do petróleo no mercado internacional, excesso de oferta por causa da pandemia do coronavírus, e a redução de produção programada pela Petrobras, com a hibernação de algumas plataformas.

“Tudo isso tende a gerar receitas de PE quase nulas”, aponta Manhães.

Fonte O Dia

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