O Brasil registrou nesta segunda-feira, 1º, 623 novas mortes
nas últimas 24 horas por coronavírus e o total foi para 30.046 no País
- O pior da pandemia ainda não chegou para o Brasil, afirmou
nesta segunda (1ª) o diretor-executivo da OMS (Organização Mundial da Saúde),
Michael Ryan.Segundo ele, o Brasil -entre outros países da América Central e do
Sul- está entre os que têm registrado os maiores aumentos diários de casos da
doença, com transmissão ainda fora de controle.
"Claramente a situação em alguns países sul-americanos
está longe da estabilidade. Houve um crescimento rápido dos casos e os sistemas
de saúde estão sob pressão", disse Ryan.
Segundo ele, o pico do contágio ainda não chegou, "e no
momento não é possível prever quando chegará".
O balanço mais recente do Ministério da Saúde aponta o total
de 526.447 diagnósticos da doença em todo o território nacional, sendo 12.247
novos casos confirmados entre ontem e hoje. É o segundo país com maior número
de casos no mundo, depois dos EUA, e o quarto em número de mortes, atrás de
EUA, Reino Unido e Itália.
Nos cálculos semanais feitos pelo Imperial College de
Londres, a taxa de contágio brasileira está há pelo menos cinco semanas acima
de 1 -o que significa que a transmissão está se acelerando.
O diretor-executivo da OMS afirmou que a densidade urbana e o
grande número de pessoas mais pobres na cidade são fatores que dificultam o
risco da doença, mas que políticas públicas implantadas no sul da Ásia e na
África conseguiram estabilizar a gravidade da doença, enquanto no Brasil e em
outros países latino-americanos ela ainda cresce com velocidade progressiva e
ameaça os sistemas de saúde.
Segundo ele, nas Américas, "houve respostas diferentes
entre os países, e há bons exemplos de governos que adotaram abordagens
científicas, enquanto em outros países vemos uma ausência ou uma fraqueza
nisso".
"O que precisamos agora é mostrar nossa solidariedade e
trabalhar com esses países para que eles consigam controlar a epidemia",
disse Ryan.
Os especialistas da OMS voltaram a dizer que decisões de
desconfinamento devem ser acompanhadas de um sistema para testar casos
suspeitos, rastrear contatos, tratar doentes e isolar os que possam ter o
coronavírus para impedir que contagiem outras pessoas.
FONTE: FOLHAPRESS
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