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29/08/2020

EX-SECRETÁRIO DE SAÚDE DO RIO DISSE QUE 20% DOS RECURSOS DESVIADOS IRIAM PARA O GOVERNADOR: ORGANIZAÇÕES SOCIAIS E RESTOS A PAGAR ERAM A FONTE



Um montante de 20% dos recursos desviados através de fraudes com dinheiro da saúde era destinado ao governador Wilson Witzel, um ex-juiz federal que ganhou a eleição se dizendo diferente dos outros e prometendo acabar com a corrupção do governo do Rio.

A afirmação está na delação feita pelo ex-secretário de Saúde Edmar Santos ao Ministério Público Federal, contribuindo para que o político que quis governar com a toga tropeçasse no discurso de combate à corrupção e caísse sob a acusação de ter se aliado a corruptos.

O homem que segundo alguns líderes evangélicos teria sido enviado por Deus “para salvar o estado”, foi afastado ontem (28) por decisão do ministro Benedito Gonçalves, do Superior Tribunal de Justiça, que determinou a prisão de outro “Servo de Deus”, o pastor Everaldo Dias Pereira, e mais um “Salvador da Pátria”, o ex-secretário de Desenvolvimento Econômico, Lucas Tristão, que via nos membros da Assembleia Legislativa inimigos a serem abatidos com dossiês e arapongagem. Os filhos da Nova Política tropeçaram nas próprias promessas, e enquanto o ex-governador Sergio Cabral e os seus demoraram 15 anos para cair em desgraça, Witzel e seus heróis fizeram isso em pouco mais de um ano e meio.

Distribuição dos recursos desviados – De acordo com o relato de Edmar Santos ao MPF, os responsáveis pelos desvios são ligados ao pastor Everaldo, e decidiram que “as vantagens ilícitas a serem captadas na Saúde seriam cobradas em duas áreas: nas organizações sociais e nos restos a pagar”.  Santos disse ainda que o dinheiro desviado iria para um caixa único e depois dividido.

“Que os recursos auferidos ilicitamente iriam para um caixa único; Que tal caixa único seria distribuído da seguinte forma: 30% para o colaborador [Santos]; 20% para o governador Wilson Witzel”, diz um trecho da delação premiada.

FONTE:ELIZEU PIRES

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