Técnicas pós-colheita foram ensinadas durante o evento “Boas Práticas Agropecuárias”
Mais um estudante do Curso Técnico Integrado em Agropecuária
está aproveitando o período de suspensão das atividades acadêmicas para colocar
em prática o que já aprendeu no Instituto Federal Fluminense Campus Bom Jesus
do Itabapoana. Luciano da Silva Matos, aluno do segundo ano, participou do
evento “Boas Práticas Agropecuárias”, realizado em julho pela coordenação do
curso. O resultado foi a adoção de uma nova técnica pós-colheita na produção da
família, visando à melhoria da qualidade do café produzido nos 20 mil pés da
variedade arábica, plantados no sítio Vai e Volta, em São José do Calçado (ES).
Luciano participou de três palestras durante o evento: sobre
plantio direto, silagem e práticas de pós-colheita do café. Nesta última,
aprendeu sobre a importância da adoção do terreiro suspenso, onde o café maduro
é colocado para a secagem. “Nunca tínhamos usado o terreiro suspenso. Apenas
tirávamos o café da lavoura e secávamos em terreiro normal, na terra mesmo.
Fizemos agora essa experiência para ver se dá certo e o café ganha qualidade”,
conta o estudante, que registrou sua criação. A técnica consiste na construção
de uma estrutura suspensa que evita a fermentação dos grãos durante a secagem.
Dessa forma, o produto tem melhorias na apresentação e qualidade.
Emocionada, a coordenadora do Curso Técnico em Agropecuária do Campus Bom Jesus, Sebastiana Azevedo, destaca a satisfação em ver o conhecimento adquirido no curso ser aplicado no contexto familiar e, futuramente, profissional dos estudantes. “Esses resultados que vemos, colocados em prática, são o sonho de todo profissional da parte técnica e, tenho certeza, também da instituição que se propõe a oferecer tudo isso. Nossa missão como educadores e instituição de ensino é estarmos, de fato, divulgando o conhecimento. Quando conseguimos isso, é algo prazeroso; um dever cumprido”, orgulha-se. O estudante, que deseja cursar Agronomia, também reconhece a importância do aprendizado de hoje para sua carreira no futuro. “Tenho a base para dar prosseguimento aos trabalhos na roça e também para seguir na carreira, como engenheiro agrônomo”, planeja.
Luciano é um dos 18 estudantes atendidos pelo Núcleo de Apoio a Pessoas com Necessidades Educacionais Específicas (Napnee) e, segundo a coordenadora do núcleo, Ieni Morais, destaca-se pela dedicação e interesse. “Ele sempre conta que aproveita todas as oportunidades para colocar alguma técnica que aprendeu no curso em prática, seja em casa ou no sítio da família. Isso enche a gente de orgulho: ver um aluno que participou de um evento mesmo durante o período de pandemia, se dedicou a aprender e conseguiu colocar em prática”, afirma.
O café colhido com a nova técnica será analisado em Caparaó
(ES), região conhecida pela qualidade da cafeicultura. As amostras serão
entregues em setembro e a expectativa é que no mês seguinte o resultado seja
favorável, elevando a pontuação do produto. “Estamos entusiasmados. Temos o
projeto de futuramente investir em outros equipamentos, como montar um secador,
para elevar ainda mais a qualidade da produção”, conclui Luciano.
Fonte: Comunicação Social do Campus Bom Jesus do Itabapoana-RJ
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