Filme centrado na história de Freddie Mercury, que chega à Tela Quente nessa segunda (14/12), teve demissão de diretor, reprodução integral de show clássico do Queen e surpresa na escolha do protagonista
O ator Rami Malek com os demais atores de Bohemian Rahpsody (2018) interpretando os músicos do Queen (Foto: Getty Images)
Não há dúvida que 'Bohemian Rhapsody', atração da Tela Quente que vai ao ar nesta segunda (14/12), às 22h45, na TV Globo, é um dos maiores fenômenos dos últimos anos. Além de um estrondoso sucesso de bilheteria - faturou mais de 900 milhões de dólares no mundo todo -, conseguiu angariar diversos prêmios, como o Oscar de Melhor Ator para Rami Malek, responsável por uma interpretação mediúnica de Freddie Mercury (1946-1991). O filme ainda ganharia as estatuetas de Melhor Edição, Melhor Edição de Som e Melhor Mixagem de Som.
No entanto, houve vários percalços até que o filme fosse
finalizado e o projeto chegou a ser considerado 'inviável' por vários
executivos de Hollywood, guardado nas gavetas dos estúdios por anos.
Confira a seguir 10 segredos de bastidores de 'Bohemian
Rhapsody - A História de Freddie Mercury'.
1) Então desconhecido do grande público, mesmo com atuação
elogiada pela série 'Mr. Robot', o ator Rami Malek não foi a primeira escolha
para viver Mercury nas telas. A primeira opção dos produtores era Sacha Baron
Cohen, o polêmico comediante de 'Borat'. No entanto, conflitos com os dois
remanescentes do Queen envolvidos na produção do longa-metragem, o guitarrista
Brian May e o baterista Roger Taylor, foram os motivos para ele ser descartado.
2) Vencedor do Oscar e do Globo de Ouro, Rami Malek deve muito da sua atuação como Freddie Mercury à coreógrafra Polly Bennett. Ela é quem trabalhou com o ator cada movimento de palco, manerismos e olhares durante horas diárias de treinamento. “[Freddie] era um corredor de longa distância na escola e um boxeador. Isso nos dá uma razão pela qual ele corria pelo palco e socava o ar, e [me permitia explicar a] Rami: 'É por isso que o personagem se move dessa maneira.' É interessante que Freddie só fazia esportes individuais, ao invés de futebol ou rúgbi ou qualquer tipo que tenha equipe. Por si só, isso cria uma atitude física única”, explicou Bennet, que comparava a atitude do roqueiro em performance a Marlene Dietrich e Liza Minelli.
3) Apesar do
grande trabalho nos maneirismos do popstar, Malek não tinha 'voz' para segurar
sozinho os números musicais do filme, incluindo reprodução e bastidores de
grandes sucessos do Queen, como "Love of My Life" ou "We Are the
Champions". Eram sobrepostas à voz do ator, as próprias gravações de
Freddie Mercury e do cantor canadense Marc Martel.
Rami Malek em Bohemian Rhapsody (2018) (Foto: Divulgação)
4) Malek, após o fim das filmagens, ficou com a prótese
dentária utilizada para dar mais verossimilhança à sua interpretação de Freddie
Mercury - os dentes proeminentes do músico eram uma marca registrada e de
acordo com muitos especialistas lhe davam seu alcance vocal espetacular.
Depois, o ator ainda mandou banhá-la a ouro.
5) A cena final de 21 minutos com o célebre concerto no
estádio de Wembley para o evento beneficente Live Aid é um dos grandes desafios
do filme. Ela foi rodada em 'tempo real' e estudada frame por frame, o que só
foi viabilizado com o registro da transmissão pela TV da época.
Bohemian Rhapsody (Foto: Divulgação)
6) O amor esteve à solta no set de 'Bohemian Rhapsody'. Malek
e a colega Lucy Boynton, responsável por interpretar a icônica namorada de
Mercury, Mary Austin, para quem o músico deixou grande parte da sua fortuna ao
morrer, se conheceram durante as filmagens e se apaixonaram. Eles já
completaram mais de dois anos de relacionamento.
7) A guitarra usada pelo ator Gwilym Lee, que interpreta Brian May no filme, é uma cópia fiel do primeiro instrumento do músico, fabricado pelo seu próprio pai, chamada de "Red Special", em meados dos anos 1960. Cada detalhe, incluido as cenas de gravações icônicas, foram supervisionadas de perto por May.
10) Rami Malek esteve em conflito permanente com o diretor
Bryan Singer e chegou a classificar o trabalho com ele como
"desagradável". Mais tarde, também se solidarizou com pessoas que
acusaram o cineasta de abuso sexual e disse que não tinha conhecimento dos
casos antes das filmagens - Singer foi acusado de ter feito sexo com quatro
homens quando eles ainda eram menores. Em 2019, o diretor fez acordo de US$ 150
mil dólares com uma das supostas vítimas.
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