Mandados são autorizados por ministro do Superior Tribunal de Justiça
Policiais federais cumprem dois mandados de prisão preventiva e dez de busca e apreensão contra acusados de desviar recursos públicos da saúde do estado do Rio de Janeiro. A operação Kickback teve os mandados autorizados pelo ministro Benedito Gonçalves, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A PF investiga um possível esquema criminoso no Rio, voltado ao desvio de recursos através do pagamento de dívidas inscritas na modalidade “restos a pagar”. O esquema pode ter desviado R$ 50 milhões dos cofres públicos.
Segundo a PF, uma Organização Social (OS) que atua na cidade
mineira de Juiz de Fora e no Rio recebeu cerca de R$ 280 milhões em troca de
pagamento de propina de 13% sobre o valor quitado. A propina daria prioridade à
OS investigada no recebimento dos recursos, já que, diante da difícil situação
financeira em que se encontra o estado do Rio de Janeiro, nem todas as dívidas
poderiam ser quitadas.
Escritório de advocacia –
A OS ainda teria feito o pagamento de cerca de R$ 50 milhões a um
escritório de advocacia, que, por sua vez, segundo a PF, repassou mais de R$ 22
milhões a pessoas físicas e jurídicas ligadas a um operador financeiro
identificado nas operações Placebo e Tris in Idem.
A operação Placebo, em maio deste ano, cumpriu mandados de
busca e apreensão contra o governador (agora afastado) Wilson Witzel, no
Palácio Laranjeiras, residência oficial do governo. Já a operação Tris in Idem,
em agosto, resultou no afastamento de Witzel do governo.
O afastamento permanente de Witzel está sendo julgado por um
tribunal especial, formado por cinco desembargadores do Tribunal de Justiça do
Rio e cinco deputados estaduais fluminenses. Ele nega acusações de envolvimento
com a corrupção na saúde no estado.
(Com a Agência Brasil)
Nenhum comentário:
Postar um comentário