Donos de imóveis já começam a baixar o preço do aluguel devido a crise provocada pela pandemia do coronavirus
Pelo menos 200 pontos comerciais se encontram com as portas fechadas na área central de Campos e alguns donos destes imóveis já começaram a baixar o preço do aluguel, segundo levantamento da equipe do Campos 24 Horas. Nos últimos meses, tradicionais estabelecimentos não resistiram o quadro da crise que afeta o comércio varejista e fecharam as portas, como caso do Restaurante e Lanchonete Sagres, no calçadão, da família Corrêa, oriunda de Portugal para o Brasil ainda nas primeiras décadas do século passado; da loja Itapuã Calçados; Restaurante Pinho; loja da Mercatto, grande marca nacional no ramo do vestuário; Ricardo Eletro, também no Calçadão; Grupo Menezes, foto e loja de Cosméticos, na Avenida Alberto Torres cruzamento com Barão do Amazonas. Há também um grande número de imóveis comerciais fechados nas ruas João Pessoa, Formosa, Ouvidor, Carlos de Lacerda, 21 de Abril, Lacerda Sobrinho, Andradas e Alberto Torres.
A recessão que se arrasta há alguns anos potencializada desde o ano passado pela pandemia do novo coronavírus que resultou num preocupante quadro de desemprego, além do fim do auxílio emergencial do governo federal, tem sido fatores apontados pelos comerciantes com causadores da crise nas vendas. Outras causas enumeradas pelos empresários são os novos hábitos de consumo com a opção dos consumidores pelos shoppings, além da expansão do comércio alguns dos principais bairros e distritos da cidade.
O presidente da Associação Comercial e Industrial de Campos (Acic), Leonardo Castro de Abreu, também atribui o desaquecimento à crise que se arrasta desde 2014 e foi sendo agravada com a pandemia no ano passado.
No ano passado, a Acic e outras entidades encaminharam aos candidatos à prefeito um conjunto de medidas para a revitalização do Centro, outra causa apontada pelo fechamento de lojas. “O poder público tem demonstrado sensibilidade quanto a esta necessidade de revitalização para despertar o interesse do empresário em investir na área central", disse Leonardo.
O presidente da Acic, entretanto, destaca que, apesar da crise, há investimentos em pontos de comércio em outras áreas e bairros de Campos, especialmente nas imediações da Pelinca.
“No segmento da gastronomia há gente apostando não apenas na abertura de novos pontos comerciais como tem se observado comerciantes que estão se transferindo para outros pontos com maior espaço. Isto é bom, um sinal de que há demanda e perspectivas animadoras a partir deste ano, na medida em que o programa de vacinação da população vá avançando no município”, analisou.
Apesar da crise, Campos demonstra terminou o ano com saldo positivo na abertura e fechamento de empresas no ano passado, de acordo com a Junta Comercial e Industrial do Estado do Rio de Janeiro (Jucerja), órgão vinculado à Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico. Durante o período foram constituídas 1.088 novas firmas no município, enquanto outras 616 fecharam suas portas.
Em 2020, Campos ficou em sexta posição no saldo do ranking de
abertura de empresas no Estado do Rio, atrás apenas da capital (24.404
empresas), Niterói (2.672), Duque de Caxias (1.881), São Gonçalo (1.523) e Nova
Iguaçu (1.448).
FONTE:CAMPOS 24HORAS
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