A Polícia Civil do Rio realiza nesta segunda-feira (22) uma operação contra os “fura-filas” da vacinação contra a Covid-19 no Rio de Janeiro. Os agentes cumprem mandados na casa de dois diretores da Organização Social (OS) Instituto Sócrates Guanaes e no Hospital Estadual Azevedo Lima, em Niterói, na Região Metropolitana do RJ que é administrado pela OS. A ação busca apreender documentos e provas sobre denúncias de “fura-fila” de vacina nas salas da Diretoria, Vacinação, Recursos Humanos e Arquivo do Hospital.
As investigações foram deflagradas após denúncias do Conselho
Regional de Enfermagem do Rio de Janeiro (Coren/RJ) relatando que dois filhos,
de 16 e 20 anos, de um diretor da Organização Social haviam tomado a vacina sem
ser do grupo prioritário. Na última semana, foram realizadas diligências no
local e foram encontradas diversas rasuras e vulnerabilidades na lista de
vacinados, inclusive o nome do filho do diretor de 16 anos como “acadêmico de
medicina”.
Os agentes representaram pela busca e apreensão das listas de
vacinados e listagem de estagiários, acadêmicos, internos e residentes da
unidade para confrontar com a lista de vacinados. A Polícia Civil apreenderá os
documentos originais e fornecerá cópias de todo material para que não haja
prejuízo ao calendário de vacinação.
Em nota, a Polícia Civil do Rio informou que dá andamento às
investigações de “fura-fila” de vacinas, e que através da Delegacia de Combate
a Corrupção e Lavagem de Dinheiro ouviu nesta última semana funcionários
responsáveis pela organização da fila de vacinação em uma unidade de saúde.
Concomitantemente, foram realizadas apurações em novas unidades que foram alvos
de denúncia e requisitadas novas planilhas de vacinação.
Esta semana a polícia confirmou que novos funcionários serão
ouvidos para esclarecerem os critérios adotados e eventuais fragilidades nos
métodos de controle. Na última sexta-feira (19), o Ministério Público afirmou
que tinha recebido 565 queixas sobre supostas irregularidades em relação aos
“fura-filas”, que têm burlado (ou tentando burlar) a prioridade de vacinação
contra a Covid-19 no estado do Rio.
Todas essas queixas foram encaminhadas pelo Centro de Apoio
Operacional das Promotorias de Justiça de Tutela Coletiva de Defesa da Saúde
(CAO Saúde/ MPRJ). A partir dessas reclamações, o MP informou que instaurou 26
Procedimentos Administrativos, quatro Inquéritos Civis, além de um Procedimento
Investigatório Criminal e um Procedimento Preparatório.
As informações são da CNN Brasil.
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