Rio Carangola transbordou em Porciúncula / Divulgação
Mais de 900 famílias estão desabrigadas ou desalojadas no
Noroeste Fluminense por causa das cheias dos rios Carangola, Itabapoana e
Muriaé. As defesas civis seguem em alerta e pedem para que a população, em caso
de emergência, ligue para o número 199. Os municípios mais atingidos são
Porciúncula, Natividade, Bom Jesus do Itabapoana e Itaperuna, mas também há
previsão de transbordamento em Italva.
De acordo com a Defesa Civil de Natividade, eram esperados
60mm de chuva nesse sábado (20), mas o volume chegou a 101mm. Mesmo assim, o
nível do rio Carangola vem diminuindo e chegou a 5,20m na manhã deste domingo
(21), com 20cm acima da cota de transbordo. Pelo menos quatro ruas continuam
alagadas, deixando nove famílias desabrigadas e outras 80 desalojadas.
Os desabrigados estão sendo levados para três escolas do
município e recebendo assistência da prefeitura. Apesar da redução do nível do
rio, a Defesa Civil de Natividade alerta que houve grande volume de chuva na
cabeceira do rio Carangola, que fica na região do Caparaó, na Zona da Mata de
Minas Gerais, e com isso a previsão é de que a água volte a subir.
Outra cidade que também foi atingida pela cheia do Carangola
é Porciúncula, onde o rio está em 6,36m, de acordo com a medição realizada às
12h45 pelo Serviço Geológico do Brasil. A cota de transbordo é de 4,60m e o
nível chegou a 8,40m na noite de sábado (20). De acordo com a Prefeitura, são
34 famílias desabrigadas e 755 desalojadas, somando 135 pessoas levadas para
abrigos em três escolas e outras 3.100 pessoas que foram para casas de parentes
ou amigos.
Os bairros que mais sofreram com as cheias foram Centro,
Ilha, Operário, Nossa senhora da Penha e João Clóvis Breijão. A orientação da
Defesa Civil é que a população se mantenha afastada das áreas de alagamento,
podendo realizar limpeza, mas recomenda não descer os móveis.
A cheia do Carangola também aumentou o nível do rio Muriaé em
Itaperuna, onde a água chegou a 4,57m às 12h15, segundo o Serviço Geológico do
Brasil. A cota de transbordo é de 4m e a tendência ainda é de alta. O alerta
também vale para Italva, onde o rio Muriaé chegou a 4,12m às 12h, segundo a
Defesa Civil, e a cota de transbordo é de 4,2m.
Já em Bom Jesus do Itabapoana, ainda não há uma
contabilização dos desabrigados e desalojados, mas a Defesa Civil confirma que
há várias pessoas que tiveram de deixar suas casas por causa do transbordamento
do rio Itabapoana, que também nasce na região do Caparaó, mas na divisa entre o
Rio de Janeiro e o Espírito Santo.
Segundo o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), o rio
Itabapoana estava em 3,97m, enquanto a cota de transbordo é de 2,1m. A Defesa
Civil de Bom Jesus informou que o nível está em estabilidade, mas existe a
previsão de mais chuva no sul do Espírito Santo.
Folha 1/ Lili Bustilho
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