Aliado de primeira hora do presidente da Câmara dos
Deputados, Arthur Lira, Luizinho é articulado, tem bom trânsito politico e,
acima de qualquer outro predicado, é preparado para o cargo. Médico, foi
secretário de saúde do governo do Rio, onde conseguiu realizar bom trabalho a
despeito da enorme crise financeira durante o governo de Luiz Fernando Pezão.
A nomeação de Luizinho teria o condão de estacar o desgaste
contínuo e crescente da gestão do general Pazuello, que, aos olhos da opinião
pública, se tornou um trapalhão, com visível despreparo para o cargo.
Além de atender ao centrão de Arthur Lira, Luizinho
reposicionaria o Ministério da Saúde no debate científico. Apesar de aliado de
Bolsonaro, o deputado não transige em questões técnicas: é um vigoroso defensor
da vacinação em massa dos brasileiros e tem clamado pelo avanço do Programa
Nacional de Imunização.
A decisão de substituir Pazuello teria sido tomada pelo
agravamento da crise sanitária, com mais de 2 mil mortes por dia; pela
incapacidade flagrante do atual ministro e, sobretudo, pela mudança do quadro
político, a partir do pronunciamento do ex-presidente Lula que fez uma espécie
de ode à ciência em oposição ao negacionismo de Bolsonaro na abordagem do
problema.
A mudança de postura no enfrentamento da covid exigiria a
troca do ministro. Com a saída de Pazuello, teria fim a politização da saúde.
Agenda Poder
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