Governador tem reuniões com indústria automotiva fluminense para manter a sustentabilidade e os 15 mil empregos gerador pelo setor
A fim de evitar o que ocorreu em alguns municípios brasileiros, onde a Ford anunciou o encerramento de suas atividades, representantes do governo do Rio de Janeiro e do Cluster Automotivo do Sul Fluminense - organização formadas por montadoras da região - se reuniram no dia 12 para dar continuidade a uma série de conversas iniciadas em janeiro deste ano com o objetivo de identificar caminhos para a sustentabilidade dos negócios do setor e a manutenção dos empregos.
A região Sul Fluminense é hoje o segundo maior polo
automotivo do Brasil. O cluster é formado por 23 empresas associadas, todas
instaladas nos municípios de Resende, Porto Real e Itatiaia. Essas empresas
geram 15 mil empregos diretos na área industrial.
Resende tornou-se o 2º maior pólo automobilístico do país,
ficando atrás apenas de São Bernardo do Campo-SP. Em Porto Real, foi inaugurada
em 2001 a primeira fábrica nacional da montadora PSA Peugeot Citroën. Em
Itatiaia, a Jaguar Land Rover montou em 2016 sua primeira fábrica fora do Reino
Unido com perspectivas de expansão até 2025.
- Não podemos deixar que aconteça aqui o que aconteceu no ABC
Paulista, na Bahia, no Rio Grande do Sul e no Vale do Paraíba, por exemplo,
onde estão ocorrendo grandes desinvestimentos por parte das montadoras de
veículos instaladas - afirmou o governador em exercício Claudio Castro. - Isto
não vai acontecer no Estado do Rio de Janeiro - reforçou.
Um dos temas abordados foi o impacto dos investimentos
potenciais do mercado de gás natural na indústria automotiva.
- O custo da energia é um componente significativo para o
setor, cerca de 30%. As empresas do cluster certamente vão se beneficiar do
escoamento do gás pelo Porto de Itaguaí, que deve receber parte do gás produzido
no pré-sal das bacias de Campos e Santos - observou o secretário estadual de
Desenvolvimento Econômico, Leonardo Soares.
As empresas reforçaram o papel do cluster como vetores de desenvolvimento econômico para o estado.
— Temos trabalhado
para garantir a competitividade da região. O setor conta com um sistema de
qualidade bastante rigoroso. Temos buscado o desenvolvimento das empresas da
região para que elas possam atingir padrões de qualidade que possibilitem o
fornecimento para as montadoras — explicou o vice-presidente de Produção e
Logística da Volkswagen e presidente do Cluster, Adilson Dezoto.
Como resultado da
reunião, ficou agendada uma visita de representantes do Governo do Rio ao
cluster, na primeira semana de abril.
— Queremos que as fábricas da região continuem produtivas. É
importante contar com o apoio do Governo do Rio para evitar que essa
produtividade seja corroída por questões que ocorrem do lado de fora do portão
das nossas fábricas. Como, por exemplo, o Custo Brasil — afirmou o
gerente-geral de Relações Externas Brasil da Stellantis, Fernando Flórido.
CAMPOS 24 HORAS
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