Jovens viram a saúde mental sofrer um grande impacto
De maneira geral, a pandemia já dura há mais de um ano.
Embora alguns países estejam voltando à “vida normal”, muitos ainda não têm
vacina para a população toda e seguem enfrentando as consequências do
coronavírus. E é claro que um período tão longo de medo e preocupação impacta a
vida e a saúde mental das pessoas, principalmente dos jovens.
De acordo com a nova pesquisa da ViacomCBS, Beyond 2020 –
Vozes e Futuros, realizada em setembro de 2020, muitos tiveram planos
interrompidos e repensaram o futuro durante esse momento de crise global.
Realizada em 15 países, dentre eles EUA, Argentina, Austrália
e Brasil, foram ouvidos ao todo 8.174 jovens, com idade entre 16 e 24 anos, e
todas as entrevistas foram on-line, por meio de uma imersão digital.
Dos entrevistados, 91% afirmaram que tiveram muitos planos
interrompidos em 2020 (82% globalmente) e 92% disseram que 2020 fez com que
eles repensassem o futuro (80% globalmente). Dentre as áreas impactadas, estão
saúde mental (66%), educação (62%), tempo com os amigos (59%), finanças (58%),
trabalho (54%), viagens e férias (45%), tempo com a família (42%) e
relacionamentos amorosos (30%).
E não foi apenas a pandemia que impactou a vida dos jovens.
75% também foram afetados por algo além dessa situação (73% globalmente), incluindo
movimentos sociais, como o “Vidas Negras Importam”, a morte de George Floyd nos
Estados Unidos (52%), desastres naturais, protestos relacionados à mudança
climática (43%) e eventos políticos (40%).
Saúde mental: As áreas mais impactadas variam de país a país.
Passar o tempo com os amigos foi um dos assuntos mais sensíveis, ocupando o
topo do ranking de seis países – Austrália, França, Holanda, Portugal,
Singapura e Estados Unidos. No caso do Brasil e Reino Unido, saúde mental foi a
área que mais se destacou, seguida por Educação.
Não à toa, 2020 definitivamente colocou a saúde no radar dos
jovens – 87% dos entrevistados responderam que a saúde, tanto física quanto
mental, será um foco maior na vida das pessoas (84% globalmente). Os jovens
reconhecem que a saúde mental será um problema e uma prioridade no futuro – 87%
dos entrevistados acreditam que a saúde mental será um grande problema na
sociedade (75% globalmente); 87% dos entrevistados acreditam que haverá mais
abertura e aceitação nas questões relacionadas à saúde mental (83% globalmente).
Educação: Para os jovens, a educação é um motivo de orgulho:
71% dos entrevistados afirmam que sua geração será mais educada do que as
gerações anteriores (76% globalmente). O aprendizado formal ainda será
importante, mas a universidade não é o único caminho para o sucesso. 61% dos
entrevistados julgam que a educação escolar/universitária será menos importante
do que é hoje (59% globalmente) e 52% dos entrevistados pensam que os diplomas
universitários serão cada vez menos requisitados para muitas carreiras (54%
globalmente).
Trabalho: A crise econômica causada pela pandemia colocou o
tema emprego e trabalho em evidência – 57% dos jovens afirmam sentir que terão
dificuldades financeiras no futuro (60% globalmente) e 50% dizem que os níveis
de desemprego serão mais altos do que são hoje (56% globalmente). Diante desse
cenário, ter estabilidade no emprego tornou-se a principal prioridade para os
jovens brasileiros nos próximos 10 anos.
Fonte: Dr. Jairo Bouer
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