Na última semana, o Serra News mostrou a situação de abandono
do Governo do Estado com a Casa de Euclides da Cunha, fechada há quase 10 anos em
Cantagalo, na Região Serrana do Rio. O espaço representa o único centro
cultural do município, que atualmente, está sob administração direta da FUNARJ
(Fundação Anita Mantuano de Artes do Estado do Rio de Janeiro).
Após a grande repercussão, a matéria chegou nas mãos de uma
das descendentes de Euclides da Cunha, a bisneta caçula, filha de Euclydes
Rodrigues da Cunha Neto e ativista sociocultural Janaína da Cunha, moradora de
Resende. Ela fez uma transmissão ao vivo no seu perfil oficial do Instagram cobrando
autoridades uma resolução do problema.
Há quase 10 anos, a Casa de Euclides da Cunha segue fechada
no município de Cantagalo e deixa de compartilhar com moradores, visitantes e
turistas, as histórias, memórias e um vasto acervo sobre a vida do ilustre
escritor cantagalense, considerado uma das personalidades mais importantes da
literatura brasileira.
“Peço aos amigos poetas, escritores, ativistas
socioculturais, aos admiradores de meu bisavô, aos amantes das artes e da
cultura que compartilhem esse vídeo. Quem sabe chegue nas mãos certas? Peço ao
governador do Estado do Rio de Janeiro, ao coordenador da Funarj, a Secretaria
da Cultura, ao prefeito de Cantagalo, por favor, o que falta para colocarmos o
museu trabalhando a favor do povo cantagalense, gerando renda e crescimento ao
município?” – escreveu a bisneta de Euclides da Cunha.
Janaína da Cunha fez uma live onde leu o artigo do Serra News
sobre a Casa de Euclides da Cunha de Cantagalo e cobrou autoridades uma solução
para manter o acervo de seu bisavô intacto no município. “Cultura é tudo de um
todo. Ela é que cria e forma nossa identidade. A cultura traz para a sociedade
um conhecimento e uma riqueza sem igual. Quando bem trabalhada pode se tornar
algo que faça parte da vida e do cotidiano do todo, tornando rotineiro o acesso
a novas tradições e ideologias” – escreveu ela.
O centro cultural com acervo de Euclides da Cunha estava
recebendo estímulos e cuidados da Prefeitura de Cantagalo, que não renovou o
Termo de Cooperação com a FUNARJ. O Governo do Estado é o responsável direto
pelos cuidados da repartição, que guarda importantes documentos e objetos
pessoais, artefatos de guerra e um dos primeiros exemplares de “Os Sertões”, do
escritor.
Após construir sua trajetória e deixar um marco na história
do país, na atualidade não está sendo possível conhecer de perto como foi o
legado de Euclides da Cunha, pelo menos, não em Cantagalo. A redação aguarda o
retorno da FUNARJ sobre a situação de abandono do espaço.
FONTE:SERRA NEWS
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