Estima que 7 milhões de brasileiros acima de 60 anos serão imunizados com a 3ª dose.
O ministro da Saúde Marcelo Queiroga anunciou hoje que idosos acima de 60 anos receberão uma dose de reforço da vacina contra a covid-19.
Ainda em isolamento nos Estados Unidos após ter sido
diagnosticado com a doença, Queiroga fez o anúncio por meio de um telão durante
um evento que marca os mil dias do governo federal em João Pessoa. Ele usava
máscara na gravação.
“Graças à estratégia diversificada que o governo federal, por
intermédio do Ministério da Saúde adotou para a aquisição de vacinas, é
possível hoje, no final do mês de setembro, já ofertar para os idosos
brasileiros uma dose de reforço da vacina”, disse Queiroga.
Presente no evento, o ministro interino da Saúde Rodrigo Cruz
ressaltou que a dose de reforço será ofertada seis meses após a segunda,
conforme já havia sido divulgado para outros públicos. Segundo ele, a decisão
ocorreu após a análise de dados feita pela pasta.
“Ao avaliar os dados, a gente verificou a necessidade de ampliar a dose de reforço para todos os adultos acima de 60 anos”, disse ele.
Até então, a Saúde havia anunciado a aplicação da terceira
dose da vacina em idosos com mais de 70 anos e imunossuprimidos — pessoas com
câncer ou transplantados, por exemplo — a partir do dia 15 de setembro. Na
semana passada, o Ministério da Saúde também aprovou a dose de reforço para
profissionais de saúde, depois de seis meses após a imunização completa.
A aplicação da dose de reforço da vacina contra covid-19 é
feita preferencialmente com o imunizante da Pfizer, mas também poderá ser feita
com outra vacina de vetor viral, como da Janssen e da AstraZeneca.
Antes de o governo de São Paulo iniciar o reforço da
imunização, Queiroga afirmou que a pasta não recomendaria o uso da CoronaVac
para a aplicação da terceira dose na imunização. Segundo ele, a vacina da
Pfizer será priorizada porque já possui registro definitivo na Anvisa (Agência
Nacional de Vigilância Sanitária).
Apesar de o Ministério da Saúde ter recomendado o uso das
vacinas de Pfizer, AstraZeneca e Janssen como reforço na proteção contra a
covid-19, os estados do Rio de Janeiro e São Paulo incluíram a CoronaVac como
uma opção para a dose extra. A aplicação de uma terceira dose da vacina do
Butantan é segura e não causa reações graves, mas especialistas criticam a
decisão de usá-la como dose de reforço porque ela é menos eficaz, especialmente
entre os idosos.
Já a indicação de uma dose de reforço das vacinas para toda a
população ainda requer mais evidências, avaliou o vice-presidente da SBI
(Sociedade Brasileira de Infectologia) e diretor clínico do Hospital
Universitário Clementino Fraga Filho, Alberto Chebabo, que afirma não ter dúvidas
dessa necessidade no caso dos idosos.
Fonte:Redação com Agências
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