A tradição se repete todos os anos. Católicos de várias paróquias do Rio de Janeiro, se reúnem de madrugada em oração, para celebrar o aniversário do Cristo Redentor, em meio a orações, muito café para espantar o sono e driblar o frio no alto do do Corcovado. Mas com novidades em 2021. Em anos anteriores, a vigília (das 23h às 6 h) ocorria apenas do dia 11 para 12 de outubro. Este ano, a celebração na capela de Nossa Senhora Aparecida ocorre durante um mês inteiro. A ideia de estender a programação foi do padre Omar Raposo, como uma forma de reforçar a presença da Igreja no Corcovado, de preferencia com fiéis 24 horas por dia, depois que ele e convidados de um batizado foram barrados em uma guarita de acesso fiscais do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (BioRio), em setembro.
As vigílias
ficam disponíveis no YouTube. O teólogo Alexandre Pinheiro, coordenador do
Núcleo de Acervo e Memória do Cristo, diz que os fiéis não seguem um roteiro
pré-definido nessas vigílias.
Queda de
braço: Entenda a polêmica entre a Igreja Católica e o ICMBio sobre o acesso do
Cristo Redentor
— No máximo,
cada vigília reúne 20 pessoas. Nessas cerimônias podem ter atividades como
missas, rezas de terços e vigílias. Tem gente que circula pelo monumento em
alguns momentos, admirando a paisagem e tirando fotos. Mas independente disso,
durante a vigília, sempre há um fiel na capela — diz Pinheiro.
Moradora de
Anchieta, a advogada Aline Dias Moraes, de 36 anos, virou duas noites no Cristo
Redentor, que define a experiência como um momento de espiritualidade e paz:
— Permanecer
em vigília no Cristo é muito mais do que passar a noite em um local sagrado. É
um verdadeiro presente para nós. Ao amanhecer, ver a cidade do Rio de Janeiro
em cima de monte sagrado reforça minha convicção que Deus é o criador de tudo —
diz Aline.
A
missionária católica Ingrid Lima, de 30 anos, diz que o momento é especial:
Passar a noite aqui em cima é uma forma especial de celebrar os 90 anos para quem tem fé — diz Ingrid. Os fieis chegam e deixam o monumento em uma van alugada pela Arquidiocese. Conforme o endereço dos fiéis, é um trabalho que pode consumir de quatro a seis horas diárias (conforme o bairro em que os fiéis moram). As curvas para o Cristo na escuridão da Estrada das Paineiras, são bem conhecidas pela motorista Dagmar Santos, moradora de Santa Teresa, que trabalha no transporte dos fiéis junto com o irmão. Há três anos, eles prestam serviços à Igreja:
— As pessoas
se dizem gratas e vêm demonstrar isso nas vigílias — disse Dagmar.
FONTE:EXTRA
ONLINE
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