Durante a pandemia do coronavírus, uma realidade que já existia em Campos antes mesmo do maior problema de saúde pública do século, ganhou ainda mais notoriedade: crianças, pais e responsáveis pedindo esmola ou vendendo balas nos semáforos da cidade. A pandemia agravou a situação econômica de milhares de famílias não só em Campos, mas em todo o país. Segundo o Ministério da Cidadania, com base no CadÚnico, em Campos há 49 mil famílias em situação de extrema pobreza, vivendo com até R$89 por mês. Isto reflete ainda em violência doméstica e maior vulnerabilidade infantil.
Basta andar
por algumas das principais ruas da maior cidade do interior do Estado para
reparar que,com as escolas fechadas e aumento do desemprego, muitos menores têm
sido expostos ao trabalho infantil. Algumas são exploradas. Na Avenida 28 de
Março, próximo a um shopping, debaixo de fortes chuvas ou calor escaldante, uma
jovem se equilibra entre os carros com o filho no colo, um pacote de balas e
algumas poucas moedas que obteve de lucro nas vendas.
Já no
cruzamento de uma Rua do Centro de Campos, um garoto, de nove anos, foi
flagrado vendendo balas sozinho. Sem estudar, apesar de matriculado na 4ª série
do ensino fundamental, vende balas para ajudar no sustento da casa.
No
cruzamento da Avenida Pelinca com a Rua Barão da Lagoa Dourada, há quase dois meses
uma mulher e quatro filhos pequenos vendem balas no sinal. A cena chama atenção
de quem passa pelo local e muitos compram apenas para ajudar a família.
Procurado, o
Ministério Público informou que tem acionado judicialmente a Prefeitura de
Campos para resolver questões referentes ao órgão e às crianças nas ruas.
Em nota, a
prefeitura informou que há atuação em conjunto com a Secretaria Municipal de
Desenvolvimento Humano e Social para o amparo e acolhimento das famílias em
situação de rua e aplicação das medidas protetivas; e há reparos na maioria dos
veículos que atendem os Conselhos Tutelares.
FONTE:NOTICIAS
URBANA
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