Wladimir Garotinho, filho do casal Garotinho, tem dificuldades de superar o teto da rejeição popular ao clã familiar
A pesquisa
mais recente da Agência Fonte Exclusiva na cidade de Campos dos Goytacazes
(RJ), Norte Fluminense, mostra a avaliação positiva do governo Wladimir
Garotinho, filho de Anthony e Rosinha Garotinho, oscilando em 26%, e no melhor
dos cenários em 29%. Ele ainda não completou um ano de governo.
O garotismo
sempre sobreviveu em um faixa de 30% de votos no seu berço político. Para
vencer o pleito em 2º turno na eleição do ano passado, Wladimir Garotinho
ultrapassou uma linha neste patamar, só que uma análise criteriosa no resultado
da pesquisa mostra sérios sinais de desintegração desta base de 30%,
sedimentada no eleitorado popular, mesma base do ex-prefeito Arnaldo Vianna,
hoje herdada pelo filho Caio Vianna (PDT).
Há uma
percepção de que o governo Wladimir Garotinho fez uma opção preferencial pelos
ricos, o que está afastando o eleitorado pobre do garotismo. Isso, talvez,
explique a mais recente declaração de Anthony Garotinho, afirmando que não fez
indicações para o governo municipal. Seria uma tentativa de se distanciar do
desgaste, ainda que Wladimir seja filho biológico e cria política de Garotinho.
Frederico
Paes, vice de Wladimir, é um autêntico representante do que resta das
olirquarquias sucroalcooleiras, um dos setores mais atrasados da economia local.
No momento em que o mundo mergulha na 4ª revolução industrial, a Coagro,
cooperativa sob o comando do vice-prefeito, ainda se vê envolta em denúncias de
exploração de trabalho em situação análoga à escravidão, chegando a ser
denominada em denúncia do Ministério Público do Trabalho (MPT) como “coronel
Coagro”.
É uma
aliança indigesta para um clá político cujo chefe vem de um passado militando
no trabalhismo, que só encontra explicação na tentativa de sobrevivência no
ambiente político local, cuja vitória no último pleito foi consumada por uma
margem muito estreita de pouco mais de 10 mil votos.
Há um outro
cenário aterrador: tornou-se factível um entendimento entre todas as correntes
políticas locais para criação de uma frente antigarotista na próxima sucessão
municipal. Wladimir não ampliou a base política. Fez apenas arranjos
inconfiáveis e consegue a façanha de unir adversários contra ele. A
possibilidade de uma frente antigarotista é o pior dos mundos para a oligarquia
familiar.
Os aliados
já sentem o ambiente hostil e buscam caminhos. Recentemente, um vereador da
“base governista”, em um encontro reservado com um adversário de Wladimir,
pediu garantias de que teria apoio para disputar a presidência da Câmara. Em
troca deixaria o barco do garotismo.
Desceu a
borduna no presidente da Câmara, Fábio Ribeiro (PSD). Em dado momento, foi
traído pela língua. Falou em alto e bom som que derrubaria Wladimir e seu vice
Frederico Paes, caso chegasse a presidência do legisaltivo.
Não cabe
exageros na afirmação: do jeito que as coisas vão, o garotismo pode
protagonizar em 2024 o mesmo naufrágio de 2016.
FONTE:PORTAL
VIU
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