Secretário estadual Vinícius Farah destaca, em entrevista, potencialidades do Açu e vocação da região para oferta de energia
O Secretário
Estadual de Desenvolvimento Econômico RJ, Vinícius Farah, estimou que o polo de
gás do Norte Fluminense vai gerar cerca de 7 mil vagas de emprego nos próximos
10 anos com R$ 40 bilhões de investimentos a partir da construção de um
conjunto de termelétricas na região. Vinícius destacou a importância
estratégica do Porto do Açu e a termelétrica GNA 1, durante o programa Jogo do
Poder, apresentado pelo jornalista Ricardo Bruno, na CNT-Rio.
— Nós
estamos vivendo um novo momento do desenvolvimento do Estado do Rio de Janeiro,
que passa pelo Porto do Açu, o maior da America Latina e a grande aposta do
governo do Estado e a para o desenvolvimento do Rio e do Brasil. O Açu tem
determinadas características que nenhum outro porto tem. Por exemplo, o calado
no Açu, em determinado trechos, é de 24 metros com capacidade de receber um
volume de cargas de todos os tamanhos e níveis — disse Farah.
O secretário
ressaltou ainda a inauguração da GNA 1 e questão da oferta e escassez de
energia. “Neste cenário de escassez de energia, a GNA 1 desponta como
fundamental para a oferta de energia no Norte Fluminense e todo Estado, já que
se trata da segunda maior termelétrica do país”, lembrou ainda Farah.
— Já estamos
trabalhando a criação da Zona de Processamento de Exportações (ZPE) e junto com
a GNA vão fazer do Açu uma importante alavanca para transformar o Norte
Fluminense, com a geração de cerca de 7 mil empregos com este hub de gás
natural. Pelo Açu passa 25% das exportações de petróleo nacional. E quase 30%
exportação de minério do país sai também dali. E há ainda os investimentos de
empresas do setor privado nos campos maduros na Bacia de Campos. Há um leque
enorme de investimentos — afirmou.
Vinícius
Farah lembrou que o Norte Fluminense caminha para se transformar no grande polo
de energia nacional.
“Vale
lembrar que no Açu serão instaladas mais duas termelétricas. Em Macaé serão
construídas mais 14. Convém também destacar que 63% do gás produzido no País
sai do Rio de Janeiro, enquanto 80% do petróleo sai também do nosso Estado.
Então, como ressaltou o governador Cláudio Castro, o papel do governo do Estado
é destravar a legislação estadual e construir uma nova modelagem tributária que
está sendo encaminhada para a aprovação na Alerj”, avaliou.
O secretário
afirmou ainda que uma das tarefas do governo do Estado é apresentar o Porto do
Açu em Brasília como uma ferramenta fundamental para o país. “O nosso papel é
também mostrar para o governo federal que o fato de ser um empreendimento
privado não desmerece o Açu, pelo contrário. É um produto fundamental para o
desenvolvimento nacional”.
Vinicius
Farah, que é também deputado federal licenciado, frisou que sua tarefa é
transportar o modelo de política de desenvolvimento econômico de Três Rio, onde
foi prefeito, para o Palácio Guanabara, com um foco no interior fluminense.
— O
governador me fez o convite com a sua visão pragmática e objetivo, me disse:
“Vinicius, a sua missão é consolidar o desenvolvimento econômico Baixada, da
Região Metropolitana e do interior”. São Paulo é uma potência econômica porque
o interior é forte. Não existe Estado forte sem um interior forte. Não há como
inverter ordem natural dessas coisas. Quero pegar a modelagem de Três Rios,
onde fui prefeito e levei industrias para lá. Trazer essas políticas públicas
de Três Rios para o governo do Estado, uma política que envolve tributação,
desburocratização, facilitação de logística, numa parceria salutar entre o
poder público e o setor privado — acrescentou.
A
consolidação do desenvolvimento estadual passa por outros projetos, segundo
ainda Farah. “A Baixada Fluminense vai
se transformando num grande centro de logística deste estado. Empresas como o
Mercado Livre, a Amazon, a BF e outras estão se instalando ali. Em Seropédica,
a BRF vai instalar uma industria com investimentos de R$ 500 milhões",
enumerou.
No Sul
Fluminense, ainda de acordo com Farah, há projetos de ampliação da indústria
automobilística. "A Land Hover, a Jaguar, a Nissan, a Jipe e a Volks tem
projetos de expansão. Para logo há investimentos de uma empresa chinesa de R$
1,2 bilhão na produção de uma linha
ônibus e caminhões elétricos. A Nissan tem um projeto novo modelo de
carro popular também para curto prazo, ao custo de R$ 2 bilhões. A há ainda a
retomada do Comperj que será outro polo de transformação do gás, em Itaboraí. O
momento é esse: da verdadeira retomada do desenvolvimento do Estado do Rio”,
finalizou.
FONTE:CAMPOS
24 HS
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