A fila deve ser grande na porta de Waguinho
A cara
amarrada e os braços cruzados para fazer pose de mau, ao que tudo indica, não
vão ajudar dessa vez. Foi assim que a bancada da cara feia chegou na Assembleia
Legislativa do Rio de Janeiro, com aquele discurso marcado por frases como “nós
contra eles”, “nova política” e “Deus acima todos”, que não fizeram efeito
algum na Casa, mas agora seus integrantes terão de ser só sorrisos se quiserem
continuar deputados por mais quatro anos.
Chegando a
hora de buscar a renovação dos mandatos, alguns parlamentares bolsonaristas
estão percebendo que a posse de segurança de boate nas fotos de campanha não
intimidou a ninguém, e quem quiser uma vaga para disputar a reeleição vai ter
de baixar a bola, falar mansinho e madrugar na fila do beija-mão, pois o PL –
nova legenda da família Bolsonaro -, por exemplo, não vai abrigar a todos.
Um dos que
deverão encontrar resistência em se filiar é o polêmico Daniel Silveira, que
achou que política se fazia com músculos, ofensas a adversários, instituições e
acabou se dando mal. O que se comenta nos meios políticos fluminenses é que
hoje ele não conseguiria parceiro nem para quebrar uma placa com nome de alguém
da esquerda, e só teria vaga no PTB, que já foi escolhido como abrigo pela
deputada estadual Alana Passos.
Rodrigo
Amorim, por exemplo, vai ter de se desdobrar para vencer a resistência ao seu
nome existente em vários partidos ou adormecer na fila para falar com o cacique
do União Brasil, Wagner dos Santos Carneiro, o prefeito de Belford Roxo, mais
conhecido como Waguinho, um assumido bolsonarista, é verdade, mas com juízo e
percepção suficientes para saber quem serve ou não para a nova legenda que vai
ganhar corpo a partir de março, quando estará aberta a janela partidária,
período que permite aos políticos a trocar de partido sem o risco de perda do
mandato.
FONTE:ELIZEU PIRES
Nenhum comentário:
Postar um comentário