Pedido internacional de prisão do jogador condenado por violência sexual também será apresentado
Foi
registrado nesta segunda-feira na Procuradoria de Milão, Itália, o pedido de
execução de pena contra o jogador de futebol Robinho e seu amigo, Ricardo
Falco, condenados a nove anos de prisão no último dia 19 por violência sexual
em grupo.
O ato é o
primeiro passo para o pedido de extradição e de um mandado simultâneo de prisão
internacional que devem ser apresentados nos próximos dias. A Constituição
Federal de 1988 não permite que brasileiros natos sejam extraditados, mas com o
pedido internacional de prisão, a dupla pode ser detida caso realize uma viagem
para fora do país. A Itália também pode solicitar ao governo brasileiro que os
dois cumpram pena uma penitenciária do Brasil, mas o código penal limita a
homologação de sentença estrangeira.
Conforme o
jornal Corriere Della Sera, após a coleta de alguns documentos para confirmar a
identidade dos dois condenados, será iniciada a fase de execução com o envio ao
Ministério da Justiça do pedido de extradição, que será encaminhado às
autoridades brasileiras, e a expedição do mandado.
Relembre o
caso
Robinho e
Falco são acusados de abusar sexualmente de uma mulher albanesa numa boate em
Milão, em janeiro de 2013. A vítima, que diz que foi embriagada e que seis
homens participaram do ato de violência.
A dupla
brasileira afirma que a relação foi consensual. Robinho não foi a nenhuma
audiência desde que o caso foi aberto, em 2016. A sentença de primeira
instância foi anunciada no ano seguinte. Em outubro de 2020, o jogador chegou a
ser contratado pelo Santos, mas uma série de protestos, principalmente nas
redes sociais, fez com que o Peixe suspendesse e posteriormente encerrasse o
acordo com o jogador. No mesmo mês, a TV Globo divulgou trechos de uma conversa
de Robinho com amigos, no qual os homens debochavam da vítima.
Dois meses
depois, em dezembro, a dupla também foi condenada em segunda instância, na
corte de Apelação de Milão. Na época, a juíza Francesca Vitale, que presidiu o
julgamento, disse que “a vítima foi humilhada e usada pelo jogador e seus
amigos para satisfazer seus instintos sexuais”.
Neste mês,
com a condenação na terceira e última instância, não restam mais recursos para
os acusados. O processo contra os outros quatro homens envolvidos no caso está
suspenso até o momento, mas pode ser reaberto com a decisão da justiça
italiana.
As informações são do Jornal O Globo.
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