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31/01/2022

MÉDICO É PRESO POR NÃO ATENDER DELEGADO EM GO

Fábio Marlon Martins França disse que se sentiu muito constrangido com a situação

 



Um médico foi preso por não atender um delegado como prioridade em Cavalcante, no nordeste de Goiás. O profissional de saúde foi liberado em audiência de custódia e desabafou após a detenção. Em entrevista ao portal G1, Fábio Marlon Martins França disse que se sentiu muito constrangido com a situação e chegou a pensar em mudar de cidade.

 

“Eu acho que qualquer um na minha situação não aceitaria ser preso ilegalmente. Foi um excesso, foi um abuso, foi humilhante”, afirmou.

 

A Polícia Civil informou que o profissional foi preso na última quinta-feira (27) por exercício ilegal da medicina, desacato e lesão corporal. Fábio, no entanto, tem permissão para atuar na medicina.

 

Segundo o profissional de saúde, o delegado Alex Rodrigues da Silva queria ser atendido como prioridade após testar positivo para covid-19. O médico se negou a atendê-lo primeiro, o que gerou uma discussão. Momentos depois, o delegado voltou ao posto de saúde acompanhando de agentes e prendeu Fábio.

 

A Justiça avaliou que o médico, que faz parte do Programa Mais Médicos, tem autorização para exercer a profissão normalmente. O juiz Fernando Oliveira Samuel afirmou ainda que “nada justifica no caso a condução coercitiva do profissional de saúde no momento que estava a atender o público” e que, “ao que parece, [o delegado] pode realmente ter abusado de suas funções públicas”.

 

“Todos têm que ser igual. Não é porque a pessoa tem um cargo melhor que vai passar por cima de pessoas que estão ali querendo atendimento, esperando sua vez. Isso eu não vou aceitar jamais. Se esse é o preço para eu cumprir, que me prenda novamente”, afirmou Fábio.

 

Em nota, a Polícia Civil disse que, desconfiando da maneira como o médico estava fazendo os atendimentos, o delegado fez “levantamentos técnicos acerca do registro profissional do suposto médico, Fábio França, constatou que o registro do médico junto ao Conselho Regional de Medicina de Goiás estava cancelado”.

 

Porém, como o profissional faz parte do Programa Mais Médicos e tem contrato válido até novembro deste ano, ele não precisa de um registro no Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego).

 

O Cremego e o Ministério da Saúde confirmaram que não há qualquer irregularidade na atuação profissional de Fábio. O conselho disse ainda que é direito e dever de cada médico concluir o atendimento em andamento antes de iniciar um novo e que uma consulta só pode ser interrompida em casos de emergência.

 

FONTE:PORTAL VIU

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