Após a comunidade bonjesuense supor que as ações levadas a efeito dentro da esfera municipal teriam levado ao fim o risco de construção de mais uma Pequena Central Elétrica (PCH) no rio Itabapoana, eis que surgem notícias de que uma empresa estaria realizando lobby entre lideranças populares e políticas, para viabilizar a extinção da Cachoeira da Fumaça, após a implantação de uma nova PCH.
Bom Jesus conta atualmente com 4 Usinas no rio Itabapoana: as PCHs de Pirapetinga, Calheiros e Franca Amaral, além da Usina de Rosal.
Quais os benefícios trazidos a Bom Jesus?
No caso da Usina de Rosal, a empresa privada se comprometeu a estabelecer um parque ambiental como compensação pelos danos causados ao meio ambiente. Pois bem! A mencionada empresa acabou simplesmente terceirizando essa obrigação sob o olhar complacente das autoridades municipais. E o que as empresas terceirizadas fizeram? Rigorosamente nada! Só mantiveram vigias e visitas esporádicas de um profissional da área. Por fim, a empresa se desincumbiu totalmente de sua obrigação, doando formalmente a área para que o município viabilizasse a instalação do parque ambiental!
Os interesses privados em novas construções de hidrelétricas no rio Itabapoana contrastam com o interesse do povo bonjesuense, que exige a manutenção do que resta de seu valoroso patrimônio ambiental.
É rigorosamente inaceitável a construção de nova PCH no rio Itabapoana, que irá, inapelavelmente extinguir a Cachoeira da Fumaça, assim como o direto da população bonjesuense usufrui-la, através de um projeto de desenvolvimento turístico, de geração de renda, que pode gerar cerca de cem empregos diretos, além de outros tantos indiretos, ao contrário da edificação de uma PCH, que exigirá pouca mão de obra qualificada de outras paragens, além de destruir parte considerável do que resta do nosso rico patrimônio natural.
Independentemente de estar havendo lobby ou não, é necessário que o prefeito municipal, Paulo Sérgio do Carmo Cyrillo, venha a público esclarecer definitivamente à população bonjesuense as atuações que realizou, junto aos órgãos estaduais e federais, para impedir o desatino da construção de uma nova PCH no rio Itabapoana.
Fonte: O Norte Fluminense
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