Região empata com o Médio Paraíba, segundo informações do comando das blitzes
Os
municípios da Região Serrana foram os campeões dos flagrantes da operação Lei
Seca com 1/4 de todo o Estado do Rio: 26% dos 19.952 mil motoristas dirigiam
alcoolizados, para ser mais preciso. A Região empata com o Médio Paraíba,
segundo informações do comando das blitzes. A informação é de Wanderson
Nogueira em sua coluna Observatório.
Nova
Friburgo quase 100%
Nas 2.689
ações de fiscalização realizadas ao longo do ano, 153.806 motoristas foram
abordados e destes, 12,97% apresentavam sinais de alcoolemia. Ao longo de 2021
foram várias as operações ocorridas em Nova Friburgo. Duas, em especial,
chamaram a atenção: na véspera do Dia dos Pais, de 50 veículos abordados na
Avenida Euterpe Friburguense, 46 eram dirigidos por motoristas embriagados; no
dia 3 de julho, no Paissandu, de 54 abordados, 52 estavam sob o efeito de
álcool.
Em aberto
Também foram
realizadas blitzes em Teresópolis e Petrópolis. Portanto, os números da Região
são específicos para os três maiores municípios da Região que totalizou
aproximadamente 5.180 motoristas embriagados flagrados pela operação. O
relatório, no entanto, não detalhou os números específicos de cada município.
Aumento de
52%
Em
comparação com os dois últimos anos, os números de 2021 mostraram que os
índices de casos de alcoolemia aumentaram consideravelmente. No ano de 2020,
foram flagrados 3.715 motoristas dirigindo sob o efeito de álcool. Lembrando
que neste ano a Operação foi suspensa por sete meses, por conta da pandemia. Já
no ano anterior, 2019, 13.119 casos de alcoolemia foram registrados, sendo o
comparativo mais adequado para 2021. Ou seja, um aumento de 52%.
Falta de
transporte público
A Operação
Lei Seca atua diariamente desde 2009, através de ações de fiscalização e
educação. Não se contesta a sua importância em salvar vidas. No entanto, o alto
índice da Região Serrana expõe um problema pouco debatido: o transporte público
precário. Em Nova Friburgo, não há ônibus de madrugada, há dificuldade em
conseguir táxis (além do seu alto custo) e são escassos os carros de
aplicativos de corrida, além da recusa de muitos motoristas a locais mais
distantes.
Penas mais
rígidas
Não custa
lembrar que a penalidade da Lei Seca é composta por multa no valor de R$
2.934,70, recolhimento da CNH e suspensão do direito de dirigir por 12 meses.
As consequências são as mesmas para quem tem sua embriaguez confirmada e para
aqueles que se recusam a fazer o teste do bafômetro. Já o registro de
concentração igual ou superior a 0,34 mg/L resulta em crime de trânsito. A pena
a motorista embriagado nesse caso é de seis meses a três anos de detenção.
A VOZ DA
SERRA
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