Engenheiro Leniel Borel teve conversas e encontros com mães de Eloá, Eliza Samudio e Isabella Nardoni
O pai do
menino Henry Borel, morto em março de 2021, disse à CNN que espera ‘justiça
exemplar’ para a mãe do menino, Monique Medeiros e o padrasto, o ex-vereador
Jairo Souza Santos Júnior. O engenheiro Leniel Borel espera que a decisão da
juíza seja a de levar os dois a júri popular.
“No júri
popular a gente pede pro povo julgar. E que o veredito, a sentença que esteja
dada, seja justa na proporção da brutalidade que aqueles dois assassinos
cometeram contra meu filhinho”, disse ele.
Leniel
afirma que até agora não tem a resposta para a pergunta: “O que aconteceu
naquela noite?”. A noite, de 8 de março de 2021, quando Henry Borel foi morto,
pouco antes de completar 5 anos de idade, ainda tem muitas perguntas no ar.
É que o
depoimento de Jairo Souza Santos Júnior não aconteceu como esperado. O
ex-vereador exigiu a presença de peritos e questionou provas técnicas. Depois,
se recusou a responder perguntas e foi retirado da sala de audiência. A juíza
decidiu ouvi-lo em outra data.
“Eu luto
todo dia pela verdade. Eu não quero vingança contra Monique e nem vingança
contra Jairo. Eu quero que a verdade prevaleça e que eles sejam julgados e
tenham justiça na proporção da brutalidade que fizeram com meu filho. É por
isso que eles tem que ser julgados, afirmou Leniel.
Com faixas,
cartazes, pessoas com camisetas com imagens de Henry fizeram um protesto rápido
na porta do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, no centro da cidade. Eles
pediam júri popular. Familiares de Monique tiveram a mesma estratégia: fotos
dela com o menino estampadas em camisetas.
“Nós estamos
com outras mães vítimas, estou com a mãe da Eliza Samudio, dona Sônia também,
Marta Consoli, na outra audiência estava com a mãe da Eloá e tem outras mães
vítimas. O que a gente espera, nós que somos pais, verdadeiros pais, é justiça
exemplar para aqueles dois. Para que qualquer outro assassino de criança pense
dez mil vezes antes de agredir uma criança”, contou Leniel.
A CNN
mostrou que a primeira pessoa com quem Leniel conversou foi Ana Carolina
Oliveira, mãe da menina Isabella Nardoni, morta em 2008. Depois, ele começou um
movimento pedindo aumento de pena de assassinatos contra menores praticados por
padrastos e madrastas.
A defesa de
Jairo Souza Santos Júnior nega qualquer participação na morte do menino e
sustenta que o ex-vereador não agrediu o garoto. Já Monique Medeiros afirma que
não sabe exatamente o que aconteceu, mas sustenta que ela estava dormindo
quando Henry levou uma suposta pancada ou caiu e foi acordada pelo
ex-companheiro.
“Sinceramente,
acho que três pessoas sabem o que aconteceu, meu filho, Deus e o Jairinho.
Porque quem me acordou foi ele. Se aconteceu alguma coisa foi ele. Nós vamos
comprovar que eu estava dormindo e quem estava acordado era ele”, disse no
depoimento desta terça-feira (9).
Elizabeth
Machado Louro é quem conduz o processo desde o início. Cabe à magistrada
decidir se julgará sozinha ou convocará um júri popular. A defesa dos
envolvidos já conta com a possibilidade da convocação de jurados.
FONTE:VIU
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