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03/04/2022

CHUVAS NO RJ DEIXAM 14 MORTOS E DESAPARECIDOS EM TRÊS CIDADES

Sete mortes, de uma mãe e seis filhos, foram confirmadas pela Prefeitura de Paraty

 


Quatorze pessoas morreram em decorrência da tempestade que atinge diferentes regiões do estado do Rio de Janeiro desde a noite de quinta-feira. Sete mortes, de uma mãe e seis filhos, foram confirmadas pela Prefeitura de Paraty. Foram confirmadas ainda cinco mortes em Angra dos Reis, também no Sul Fluminense, e uma em Mesquita, na Baixada.

 

Na região da Costa Verde, ainda há desaparecidos. Em Angra, são nove: cinco em Monsuaba e quatro na Ilha Grande.

 

Num desabamento por volta das 6h30 em Paraty, na Costa Verde, morreram a mãe, identificada como Lucimar, e seis filhos: João, 2 anos, Estevão, 5 anos, Yasmim, 8 anos, Jasmin, 10 anos, Luciano, 15 anos. e Lucimara, 17. A casa onde eles estavam é uma das sete atingidas, no bairro de Ponta Negra, em decorrência da forte chuva que atinge a região desde quinta-feira.

 

Um menino de 9 anos, da família dos mortos, sobreviveu e foi encaminhada para o hospital de Praia Brava. As informações foram confirmadas pela Prefeitura de Paraty. Há outras quatro pessoas feridas, de outras famílias, mas sem gravidade. Equipes dos Bombeiros e da Defesa Civil estão no local apoiando as ações de resgate.

 

No bairro Monsuaba, onde foram registrados 655 mm de chuva em 48 horas, foram encontradas três crianças e três adultos mortos. Segundo a Prefeitura de Angra, cinco das vítimas aparentam 4, 9, 11, 35 e 60 anos. Além disso, cinco pessoas ainda estão desaparecidas, de acordo com os relatos de parentes.

 

Seis residências foram atingidas por deslizamentos de terra no local. Os trabalhos de buscas vão continuar durante toda a noite, com o auxílio de refletores que serão instalados pelo município. Pela manhã, logo após o deslizamento, a Defesa Civil foi acionada e cinco pessoas foram resgatadas – três pelos bombeiros e duas pelo SAMU. Todas foram levadas ao Hospital de Japuíba.

 

A Prefeitura de Angra dos Reis decretou estado de emergência em função do volume histórico de chuva registrado em 48 horas. O recorde foi de 809mm em Araçatiba, na Ilha Grande, e 694mm no bairro da Monsuaba, no continente.

 

— Foram as chuvas mais fortes da história do município de Angra dos Reis — diz o prefeito Fernando Jordão. — Elas tiveram uma persistência muito forte na área de Ilha Grande, especialmente sobre Praia Vermelha e região. Também tivemos muita chuva em Monsuaba. As buscas pelos desparecidos vão continuar durante a madrugada. Há preocupação com novos deslizamentos, já que ainda chove. Os moradores devem ficar atento às sirenes para, se necessário, se protegerem nos abrigos. 3,

 

Na Ilha Grande, os bombeiros estão trabalhando em busca de quatro vítimas na região da Praia Vermelha. Segundo moradores, um pai e dois filhos estão desaparecidos na Praia de Itaguaçu, que foi soterrada. O local é de difícil acesso, só é possível chegar pelo mar. Segundo a prefeitura, as comunidades mais afetadas na Ilha Grande foram as de Araçatiba, Vermelha, Provetá e Aventureiro.

 

Na Praia Vermelha e no Provetá ocorreram deslizamentos de terra e blocos de pedra. Houve registro de deslizamento também no Aventureiro e na Vila do Abraão. Os moradores do Abraão que precisaram deixar suas casas estão seguindo para a Casa de Cultura e para a sede do Parque Estadual da Ilha Grande.

 

Em Paraty, de acordo com a prefeitura, 22 bairros foram atingidos por alagamentos e outras ocorrências ligadas às chuvas. São 71 famílias desalojadas até o momento. Desde quinta-feira, foram registrados mais de 300 mm de chuva. Cerca de 60 moradores dos bairros Condado, Patrimônio e Ilha das Cobras estão desalojados e foram para abrigos. Já em Angra dos Reis, 15 pessoas estão em abrigos.

 

Na Baixada Fluminense, na Região Metropolitana do Rio, Daniel Ribeiro, de 38 anos, morreu devido ao temporal no município de Mesquita. O Corpo de Bombeiros informou que foi por volta da meia-noite e meia. A Defesa Civil informou ao G1 que a causa da morte teria sido uma descarga elétrica no Centro. Ainda de acordo com o portal, o homem estava tentando salvar uma pessoa quando acabou levando uma descarga elétrica em um poste de iluminação.

 

Os municípios da Baixada estão ainda com as ruas completamente alagadas e a água chegou a entrar na casa de moradores. Em Belford Roxo, 300 pessoas ficaram desalojadas. Em Nova Iguaçu a situação não foi diferente. Carros chegaram a cair dentro de um canal devido ao volume das chuvas.

 

A prefeitura de Belford Roxo informou que houve deslizamentos nos bairros Shangrilá e Santa Maria. Na Vila Pauline foram registrados dois desabamentos, mas sem vítimas. O município teve 180 pontos de alagamento e choveu 228 milímetros em apenas duas horas.

 

Também em Nova Iguaçu, a água chegou a entrar nos corredores do Hospital Estadual Dr Ricardo Cruz (HERCruz), em Nova Iguaçu. A Secretaria de Estado de Saúde (SES) informou que não houve danos aos pacientes e nem a equipamentos no local e que equipes da unidade do hospital já estão retirando a água e limpando o local. Nenhum paciente precisou ser transferido até o momento.

 

A cidade do Rio está em estágio de atenção desde 9h25. Sem previsão de obras que minimizem os impactos dos temporais na cidade, a prioridade da prefeitura para enfrentar a situação tem sido a interdição de vias com histórico de alagamento para evitar que motoristas e pedestres sejam pegos de surpresa e fiquem ilhados. Foi o que explicou o prefeito Eduardo Paes em entrevista ao GLOBO no Centro de Operações:

 

– Ontem, na rua Jardim Botânico, por exemplo, a altura da água chegou a 1,10 metro. E podemos diminuir os impactos fechando a via com antecedência, o que evitou que as pessoas ficassem engarrafadas com os carros cheio d’água. Houve o alagamento, mas não teve nenhum outro transtorno em consequência disso.

 

Do outro lado do litoral fluminense, em Maricá, na Região dos Lagos, uma cratera se abriu e que parte da estrutura da ponte da Mumbuca, cedeu por causa das fortes chuvas. Segundo a prefeitura, agentes municipais orientam os motoristas no local sobre os desvios de tráfego e um engenheiro avalia a condição do local.

 

A Defesa Civil do município registrou, até o momento, 217 ocorrências em 19 bairros, sendo 14 casos de deslizamentos e as regiões mais atingidas foram os bairros do Condado, Centro e Itapeba. Entre Saquarema e Maricá, uma barreira caiu e interrompeu totalmente o tráfego na altura do km 48 da RJ-106. O Departamento de Estradas de Rodagem (DER-RJ) informou que equipes já se estão no local trabalhando na desobstrução.

 

Até o início da tarde deste sábado, os bombeiros receberam mais de 700 chamados em todo o estado do Rio de Janeiro por ameaças de desabamento, deslizamento e alagamento.

 

As informações são do Extra.

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