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24/05/2022

MUNICÍPIOS DO NORTE FLUMINENSE PERDE MAIS DE 43 MILHÕES POR ANO POR FALTA DE RECICLAGEM DE RESÍDUOS

 


Dados divulgados pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) mostram que o Norte Fluminense perde, anualmente, mais de 43 milhões de reais em materiais que poderiam seguir o caminho de reciclagem e gerar recursos para os municípios 43,1 milhões em materiais que poderiam seguir o caminho da reciclagem e gerar recursos para os municípios da região.

 

Os dados são resultados do estudo Mapeamento dos Fluxos de Recicláveis Pós-Consumo no Estado do Rio, com o objetivo de contribuir para o fortalecimento do ciclo de reciclagem e seus impactos econômicos, sociais e ambientais.

 

Segundo a Firjan, a estimativa é de que o Norte Fluminense enviou para o aterro 98 mil toneladas de resíduos que poderiam seguir para reciclagem em vez de serem depositados em aterros sanitários, gerando uma perda anual de 43,1 milhões de reais.

 

O estudo identificou ainda que a geração de resíduos sólidos urbanos no Norte Fluminense mais do que dobrou entre 2019 e 2020, aumentando o volume de resíduos sólidos urbanos (RSU) de 237 mil toneladas para 499 mil toneladas, ou seja, 110,7%.

 

A região apresenta, porém, realidades distintas para cada município, já que Campos dos Goytacazes coletou 300 mil toneladas enquanto Macaé coletou 156 mil toneladas, o que significam um aumento, respectivamente, de 189,4% e 95,7% em 2020 em relação a 2019.

 

Já Carapebus e São Fidélis reduziram para mais da metade a quantidade recolhida de um ano para outro, respectivamente, de 2,6 mil e 4,4 mil toneladas, o equivalente a reduções de 66,9% e 58,4%.

 

“O ciclo da reciclagem é mais do que um mercado milionário, é uma necessidade urgente que preserva o meio ambiente e promove melhoria nas condições de vidas das pessoas. Mas, para isso, é preciso atuar em conjunto, e assim desenvolver toda a cadeia produtiva da reciclagem”, alertou o presidente da Firjan Norte Fluminense (Firjan NF), Francisco Roberto de Siqueira.

 

Ainda de acordo com o estudo, um percentual significativo da população de algumas cidades da região não é atendida pela coleta regular de RSU, como Cardoso Moreira, com apenas 30,5%, São Fidélis, com 21%, e Carapebus, com apenas 9,6%.

 

O estudo também identificou falta de informações sobre coleta seletiva, com apenas duas cidades, Campos e Carapebus, declarando realizar alguma modalidade, o que deixa o índice regional em 0,5% do total de RSU, a mesma média estadual, que também é considerada muito baixa.

 

“O volume gerado do resíduo sólido urbano é bem expressivo e merece atenção pelo seu grande potencial de aproveitamento e redução dos impactos ambientais”, avaliou Carolina Zoccoli, especialista em Sustentabilidade da Firjan.

 

O mapeamento destaca que, para que os resíduos pós-consumo tenham a melhor destinação possível, é preciso criar uma rede de infraestrutura e incentivar negócios que viabilizem a triagem e o beneficiamento.

 

“As recomendações, entre outras, são a criação de incentivos para a segregação do reciclável na origem, a desburocratização das atividades relacionadas à reciclagem, o desenvolvimento de ações para a formalização dos atores da cadeia da reciclagem e ações para atração de novos investimentos no setor”, completa o estudo da Firjan.

 

O mapeamento realizado pela Firjan com dados de 2019 e 2020 mostra que o percentual de municípios fluminenses que reportaram dados sobre resíduos subiu de 69,57%, em 2019, para 91,30%, em 2020, revelando que o Estado do Rio enterra anualmente 1 bilhão de reais em materiais que poderiam seguir para a reciclagem.

 

Realizado com base em dados públicos oficiais de órgãos ambientais, o estudo investigou a trajetória dos recicláveis pós-consumo, ou seja, materiais que saíram do ambiente produtivo e tornaram-se resíduos após o uso final, provenientes tanto de domicílios como de geradores empresariais.

 

“Com isso, a intenção é fornecer, aos investidores, gestores empresariais, formuladores de políticas públicas e outros tomadores de decisão, subsídios para a transformação do Rio em um estado reciclador e valorizador do material pós-consumo descartado”, explicou a Firjan.

 

“Estamos trabalhando na divulgação e debate dos resultados junto a formadores de opinião e formuladores de políticas. Nos fóruns em que temos assento, temos incluído aprimoramentos em normas e regulamentos que desburocratizam as etapas da reciclagem no Estado”, informou Isaac Plachta, presidente do Conselho Empresarial de Meio Ambiente da Firjan.

 

Previsto no Caderno Regional de Ações Prioritárias para o Desenvolvimento do Norte Fluminense, o estudo reúne o posicionamento do Conselho Empresarial da Firjan Norte e as propostas para o desenvolvimento da região de 2021 a 2024, e pode ser conferido na íntegra no site da Firjan, através do link, firjan.com.br/reciclagem.


FOLHA ITALVA 

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