Prefeitura teria usado dinheiro de áreas como saúde e educação para financiar os shows.
A Prefeitura
de Conceição do Mato Dentro, em Minas Gerais, anunciou neste sábado (28) o
cancelamento do show do cantor Gusttavo Lima, que custaria aos cofres da cidade
o valor de R$ 1,2 milhão. Ele iria se apresentar na cidade no dia 20 de junho,
durante a 30ª Cavalgada do Jubileu do Senhor Bom Jesus Do Matozinhos.
O evento
está previsto para os dias 17 a 23 do próximo mês. O show da dupla Bruno e
Marrone, que custaria R$ 520 mil, também foi cancelado.
O contrato
do show do Gusttavo Lima, o mais caro, ainda previa que a prefeitura pagasse a
hospedagem de 40 pessoas da equipe do cantor “no melhor hotel da região” e se
responsabilizasse com os gastos diários de alimentação, fixados em R$ 4 mil.
Além disso, o executivo deveria fornecer o transporte do local para o artista,
músicos, técnicos e produção.
Conceição do
Mato Dentro tem população estimada de 17.438 pessoas. Para este ano, o
orçamento previsto pela prefeitura é de R$ 689 milhões.
Prefeitura
divulgou nota
Em nota
divulgada à imprensa, a Prefeitura de Conceição do Mato Dentro disse que os
processos licitatórios para a contratação de Gusttavo Lima e os outros artistas
“foram realizados dentro da legalidade”. De acordo com o município, a ideia do
evento é atrair turistas, “fazendo assim com que a cidade receba de volta o
investimento quase que na sua totalidade em geração de renda, seja no comércio
local, nos meios de hospedagem, nos bares e restaurantes, postos de gasolina,
padaria, aluguel de casas, locação de espaços públicos, dentre outros,
impulsionando a diversificação da economia local”.
Investigação
do MP
A
contratação de show de Gusttavo Lima com uso de recursos públicos já é alvo de
investigação do Ministério Público de Roraima (MPRR). A Prefeitura de São Luiz,
o menor município do estado, contratou o cantor por R$ 800 mil para uma
apresentação em dezembro deste ano. O município tem cerca de 8 mil habitantes.
Na
quinta-feira (26), Gusttavo Lima disse que “não cabe ao artista fiscalizar as
contas públicas”.
A polêmica
sobre cachês pagos por prefeituras começou quando o sertanejo Zé Neto criticou
a Lei Rouanet em um show bancado com verba municipal.
Redação Tem
com G1
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