O prefeito Ramon vem gastando com festas, mas deixando falta transporte escolar, por exemplo
Marcada para
o fim da próxima semana, a festa de São João Batista, em Casimiro de Abreu, foi
parar na Justiça. É que o Ministério Público, através da 2ª Promotoria de
Justiça de Tutela Coletiva (núcleo Macaé), ajuizou uma ação para impedir o uso
de dinheiro público no evento, agendado para os dias 24, 25 e 26 deste mês, ao
custo de mais de R$ 600 mil, despesa assumida pela Prefeitura.
Na inicial o
MP pede à Justiça que a administração municipal “se abstenha de realizar
quaisquer pagamentos, por meio de verba pública, provenientes do erário, de
despesas relacionadas à festa de São João Batista, sob pena de multa pessoal
diária de R$ 100 mil”, a ser paga pelo prefeito Ramon Gidalte.
A Prefeitura
se dispôs a arcar com o pagamento dos shows e a contratação dos equipamentos
para a montagem da festa, serviços que vem sendo prestados ao município pela
empresa FJR Contildes Produções, aquela que alugou guarda-chuvas para
ornamentação da cidade no natal, cobrando R$ 201 por unidade.
Conforme já
foi revelado pelo elizeupires.com, a FJR foi declarada vencedora de um processo
licitatório para locação de estrutura para eventos e poderá receber até R$
4.492.993,90 em um ano se o objeto licitado for integralmente executado; o
segundo pregão com valor alto vencido por ela na gestão do prefeito Ramon
Gidalte. O primeiro, no total de R$ 2.335.870,00, foi concluído no dia 21 de
dezembro de 2021.
O MP apurou
que entre as despesas a serem pagas pela Prefeitura estão R$ 245.628,00 para
locação de estrutura, R$ 58.842,00 em sonorização, R$ 38.700,00 para locação de
banheiros químicos, R$ 220 mil pela apresentação do cantor Michel Teló; além de
R$ 30 mil para apresentação do Trio Forrozão, e R$ 20 mil para contratação do
musical Bia Socker. “Observa-se que mais de meio milhão de reais foram
destinados à festividade, quando poderia ser uma cifra primordial à resolução
de inúmeras questões inequivocamente mais prioritárias”, diz um trecho da
representação do MP.
Na inicial a
Promotoria destaca queixas frequentes da população enviadas ao órgão,
apontando, por exemplo falta de transporte público, “bem como de verba para a
merenda escolar, uniformes e de ventiladores nas salas de aula, ausência de
determinados tratamentos médicos e medicamentos na rede pública municipal de
saúde, demora no agendamento de consultas, falta de médicos, falta de sistema
de coleta de esgoto em inúmeros logradouros do município, além de questões de
infraestrutura e obras inacabadas”.
FONTE:ELIZEU
PIRES
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