A ANS
(Agência Nacional de Saúde Suplementar) aprovou nesta quinta-feira (23) a
ampliação das regras de cobertura assistencial para usuários de planos de saúde
com transtornos globais do desenvolvimento, entre os quais está incluído o
transtorno do espectro autista.
Dessa forma,
a partir de 1º de julho de 2022 será obrigatória a cobertura de quaisquer
métodos ou técnicas indicados pelo médico assistente para o tratamento do
paciente que tenha um dos transtornos enquadrados na CID F84, conforme a
Classificação Internacional de Doenças.
A normativa
também ajustou o rol de procedimentos cobertos para que as sessões ilimitadas
com fonoaudiólogos, psicólogos, terapeutas ocupacionais e fisioterapeutas
englobem todos os transtornos globais de desenvolvimentos.
“Considerando
o princípio da igualdade, decidimos estabelecer a obrigatoriedade da cobertura
dos diferentes métodos ou terapias não apenas para pacientes com TEA, mas para
usuários de planos de saúde diagnosticados com qualquer transtorno enquadrado
como transtorno global do desenvolvimento”, explica o diretor-presidente da
ANS, Paulo Rebello.
O que são os
transtornos globais do desenvolvimento?
O transtorno
global do desenvolvimento é caracterizado por um conjunto de condições que
geram dificuldades de comunicação e de comportamento, prejudicando a interação
dos pacientes com outras pessoas e o enfrentamento de situações cotidianas.
De acordo
com a Classificação Internacional de Doenças (CID-10), são considerados
transtornos globais do desenvolvimento:
• Autismo
infantil (CID 10 – F84.0)
• Autismo
atípico (CID 10 – F84.1)
• Síndrome
de Rett (CID 10 – F84.2)
• Outro transtorno desintegrativo da infância (CID 10 – F84.3)
• Transtorno com hipercinesia associada a retardo mental e a movimentos estereotipados (CID 10 – F84.4)
• Síndrome de Asperger (CID 10 – F84.5)
• Outros transtornos globais do desenvolvimento (CID 10 – F84.8)
• Transtornos globais não especificados do desenvolvimento (CID 10 – F84.9)
Existem variadas formas de abordagem dos transtornos globais do desenvolvimento, desde as individuais realizadas por profissionais treinados em uma área específica até as compostas de atendimentos multidisciplinares.
Entre elas
estão o Modelo Applied Behavior Analysis (ABA), o Modelo Denver de Intervenção
Precoce (DENVER ou ESDM), a Integração Sensorial, a Comunicação Alternativa e
Suplementar ou Picture Exchange Communication System (PECS). A escolha do
método mais adequado deve ser feita pela equipe de profissionais de saúde
assistente junto com a família do paciente.
CAMPOS 24 HS
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