Jogadores têm noite irretocável individualmente e brilham coletivamente na execução de plano traçado pelo treinador para superar um Atlético-MG que em momento algum o ameaçou
Por Cahê
Mota
Em uma noite
impecável e incontestável, o Flamengo eliminou o Atlético-MG da Copa do Brasil
com autoridade e nos faz lembrar daquele dilema de um antigo comercial de
biscoitos: o coletivo foi tão dominante porque individualmente quase todos os
jogadores tiveram grande atuação ou quase todos tiveram grande atuação porque o
coletivo estava muito bem ajustado?
O torcedor
do Flamengo não está preocupado com isso. A quinta-feira é para festejar a
melhor exibição em muito tempo, com direito a chuva para lavar a alma no
inferno que foi transformado o Maracanã diante de um Galo que estava entalado
na garganta.
Desde o
minuto inicial, o Flamengo se impôs contra de um adversário que em momento
algum conseguiu equilibrar as ações. Bem ajustado no posicionamento no campo de
ataque, o time de Dorival Júnior pressionava a saída de bola de um Atlético que
sequer conseguiu encaixar contragolpes.
Thiago Maia
fez sua melhor apresentação com a camisa rubro-negra e foi determinante no
perde e pressiona, assim como o sempre incansável João Gomes. Com o time mais
compacto, a dupla de volantes tinha a exigência de desarmar e já via a bola
sobrar limpa para Éverton Ribeiro e Arrascaeta encontrarem espaços na bem postada
defesa atleticana.
Esses
espaços quase sempre apareciam pela direita, com Rodinei oferecendo força
física e profundidade. Pelo setor, o Flamengo começou a empurrar o Galo para
dentro de sua área e Everson fez pelo menos três grandes defesas no primeiro
tempo.
Não deu para
segurar, porém, a finalização de carrinho de Arrascaeta após Pedro fazer o
papel de garçom. Golaço - muito pela ação do centroavante - que fez justiça a
um primeiro tempo de amplo domínio rubro-negro.
O Atlético
até parecia demonstrar maior ímpeto ofensivo na volta do intervalo, mas pouco
efetivo. David Luiz e Léo Pereira se revezaram na marcação de um Hulk que pouco
teve com quem dialogar. Chance de finalização mesmo apenas uma, que foi por
cima do gol.
O Flamengo
seguia senhor do jogo com um Éverton Ribeiro tirando soluções da cartola para
encontrar espaços, fosse com passes, fosse com dribles. Se fosse para sair o gol
que direcionaria a classificação, tudo indicava que seria rubro-negro. E foi,
com Arrascaeta de peixinho após nova assistência de Pedro no primeiro pau.
O Maracanã
explodiu, e o Atlético se jogou ao ataque. Dorival trocou Pedro por Marinho
para explorar os espaços com velocidade, e mais uma vez o plano deu certo. O
atacante deixou Júnior Alonso para trás em contra-ataque que resultou na
expulsão do paraguaio.
Por mais que
o time mineiro ainda apelasse para chuveirinhos, Santos não fez uma defesa
sequer nas sete finalizações contra 21 do Flamengo. Dorival tinha um plano. E
ele deu muito certo!
FONTE:GE
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