Denunciantes apontam possível participação de dois vereadores da cidade, que negam as acusações
Seis
empresários do ramo de transporte protocolaram uma denúncia de suposta fraude
em licitações de R$ 12 milhões para contratação de transporte escolar em unidades
da rede estadual de ensino em Campos. A denuncia foi protocolada no Ministério
Público Estadual (MPRJ), no final da manhã desta sexta-feira (29). A advogada
Larissa Caldas, contratada pelos empresários, falou sobre a denuncia (vídeo
abaixo). Segundo ela, há muitas provas dos supostos vícios e irregularidades na
licitação. A advogada também liga as empresas vencedoras da licitação para
transportar alunos da área rural de Campos aos vereadores Maicon Cruz e
Marquinho do Transporte. Os parlamentares enviaram nota ao Campos 24 Horas
negando as acusações.
Inicialmente,
o grupo de empresários esteve na 134ª DP/Centro para apresentar a denúncia.
Contudo, foram informados que não havia delegado de plantão. Posteriormente,
foram para o Ministério Público.
A advogada
dos empresários afirma que não foi dada publicidade ao edital para licitação
nas escolas e ainda revela que as empresas vencedoras apresentaram os mesmos
veículos e nomes motoristas, apesar de serem de donos diferentes. Um dos
empresários e a advogada levantam suspeitas sobre a conduta da coordenadora
regional de Educação, Neide Mara, que teria sido indicada para o cargo pelo
vereador Maicon Cruz.
Os
denunciantes afirmam também que apresentaram
provas de que Maicon ligou para a coordenadora no dia da licitação, a
fim de que a mesma influenciasse na desclassificação das suas empresas.
Os
vereadores Maicon Cruz e Marquinho do Transporte enviaram a seguintes notas
Nota
de Maicon Cruz - Desconheço tal falto, não tenho nenhum tipo de gerência ou
autoridade em relação aos processos licitatórios, administrativos ou de teor de
gestão do Governo do Estado. Não compactuo com ilícitos e toda associação ao
meu nome relativa a denunciação caluniosa ou qualquer procedimento que tenha
por objetivo difamar ou denegrir a minha imagem será respondido através das
medidas judiciais cabíveis.
Nota de Marquinho
do Transporte - “É um absurdo querer criminalizar que eu faça um
serviço que já presto há mais de 20 anos. A empresa está em meu nome, ganhei
algumas linhas sim, mas perdi em outras que disputei. Licitação é assim. Sempre
prestei serviço ao poder público durante toda minha trajetória, seja governo do
Estado, ou prefeituras, como Campos, Conceição de Macabu, São Francisco de
Itabapoana entre muitas outras cidades. Assim como também atuo no meio privado,
prestando serviço ao Porto do Açu e de turismo. Infelizmente um nomeado no
governo Wladimir, ao qual faço oposição, agora quer ter alguma atenção com uma
denúncia que ele mesmo diz que foi desclassificado pois não tinha a
documentação necessária. O empresário em questão alegou trabalhar ha mais de 10
anos neste ramo e ele, mais do que ninguém, deveria ter a documentação em dia.
Trabalhar ha mais de 10 anos no mesmo local não é motivo para não apresentar a
documentação exigida.”
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