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24/07/2022

O QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE O AUTOEXAME DO CÂNCER DE PELE

Feridas que não cicatrizam ou “pintas” que mudam de tamanho ou cor, doem ou coçam devem ser examinadas

 


O autoexame de câncer de pele é extremamente importante, pois somente o paciente sabe quais são as “pintas” que ele já tinha desde a infância ou que surgiram após os anos.

Também é o paciente que sabe se as lesões vieram se modificando com o passar do tempo ou se causam dor ou prurido. Mesmo no inverno, devemos nos examinar e procurar um dermatologista ao primeiro indício de lesão suspeita.

Geralmente essas lesões suspeitas são caracterizadas por feridas que não cicatrizam ou “pintas” que aumentam de tamanho, mudam de cor, doem ou coçam. As lesões de pintas também devem obedecer a regra do ABCD, ou seja, não podem ser assimétricas (A), não podem ter bordas (B) irregulares, nem ser de várias cores (C) e também não ter diâmetro maior de 1 cm.

Você sabe fazer o autoexame do câncer de pele? As principais dicas são:

- Examine seu rosto, principalmente o nariz, lábios, boca e orelhas

- Para facilitar o exame do couro cabeludo, separe os fios com um pente ou use o secador para melhor visibilidade. Se houver necessidade, peça ajuda a alguém.

- Preste atenção nas mãos, também entre os dedos.

- Levante os braços, para olhar as axilas, antebraços, cotovelos, virando dos dois lados, com a ajuda de um espelho de alta qualidade.

- Foque no pescoço, peito e tórax. As mulheres também devem levantar os seios para prestar atenção aos sinais onde fica o sutiã. Olhe também a nuca e por trás das orelhas.

- De costas para um espelho de corpo inteiro, use outro para olhar com atenção os ombros, as costas, nádegas e pernas.

- Sentada (o), olhe a parte interna das coxas, bem como a área genital.

- Na mesma posição, olhe os tornozelos, o espaço entre os dedos, bem como a sola dos pés.

As principais causas do câncer de pele são exposição solar, principalmente entre 10 e 15h. Nesse período, os raios solares são abundantemente UVB, que incidem perpendicular à pele e por isso causam queimadura solar.

Hoje sabemos que a queimadura solar é um sinal de predisposição ao câncer de pele. A maior incidência é nos fototipos mais baixos (1,2,3), que são os fototipos das pessoas mais claras. Os traumas repetidos num local da pele também são causas de câncer de pele.

Quanto à prevenção, temos que ter ciência que ela se dá principalmente evitando a exposição solar. Devemos sempre usar filtros solares com no mínimo FPS 30 para UVB e proteção de 15 para UVA que, apesar de não ser tão responsável pelas formações cancerígenas, envelhece muito a pele por degenerar o colágeno. Outra maneira de evitar lesões cancerígenas de pele é nunca sofrer traumas constantes na mesma região da pele, como armações de óculos que machucam o nariz, puxar pele dos lábios, morder as bochechas, etc.

O tipo mais comum de câncer de pele é o carcinoma basocelular, que também é o menos agressivo. Temos ainda o espinocelular de agressividade média e o melanoma maligno de grande agressividade e pior prognóstico.

Ao perceber uma pinta ou mancha suspeita, a conduta correta é marcar urgentemente uma consulta com um dermatologista. Também é importante confirmar se o profissional tem RQE, que é o registro de especialidade ou título de especialista.

Os tratamentos dependem do tamanho da lesão e do tipo de câncer de pele. Quando são menores de 0,5 cm, podemos por vezes tratar apenas com aplicação tópica de cremes citostáticos [que evitam o crescimento ou multiplicação celular]. Na maioria das vezes, preferimos retirar a lesão cirurgicamente para poder enviar a lesão para o exame anatomopatológico e verificarmos se as bordas estão sem comprometimento da lesão. Se as bordas estão livres, na maioria dos casos, o paciente é considerado curado.

Nos tipos mais malignos, por vezes precisamos fazer além da excisão, mapeamento para averiguar se não há lesões em outros órgãos e às vezes radioterapia. Nos últimos anos, temos quimioterapia para lesões tipo melanoma maligno. Mas é importante nunca deixar apenas cauterizar, pois a lesão pode se aprofundar.

 

Fonte: Dr. Jairo Bouer

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