A expectativa de vida global ao nascer caiu para 71 anos em 2021, abaixo dos 72,8 em 2019, interrompendo uma sequência de cinco de décadas de crescimento. A informação foi divulgada ontem (11), data em que se celebra o Dia Mundial da População, em relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre as perspectivas populacionais em 2022.
A redução
foi causada pelo impacto da pandemia de covid-19. Segundo o relatório, o
impacto variou entre regiões e países. No centro e sul da Ásia e na América
Latina e Caribe, por exemplo, a expectativa de vida ao nascer caiu quase tres
anos entre 2019 e 2021. Para Bolívia,
Botsuana, Líbano, México, Omã e Rússia, as estimativas caíram mais de quatro
anos entre 2019 e 2021.
Por outro
lado, a população combinada da Austrália e Nova Zelândia ganhou 1,2 anos,
devido a menores riscos de mortalidade durante a pandemia para algumas outras
causas de morte. A pandemia também “restringiu severamente” todas as formas de
mobilidade humana, incluindo migração internacional. “A magnitude do impacto da
pandemia nas tendências migratórias é difícil de determinar devido a limitações
de dados”, diz o relatório.
Neste ano, a
população mundial também atingirá a marca de oito bilhões de pessoas, projeção
prevista para ocorrer em novembro. As últimas projeções das Nações Unidas
também sugerem que a população global pode crescer para cerca de 8,5 bilhões em
2030, 9,7 bilhões em 2050 e 10,4 bilhões em 2100.
O
crescimento populacional é possível, em parte, pelo declínio dos níveis de
mortalidade, como refletido no aumento níveis de esperança de vida ao nascer.
Segundo a ONU, globalmente, a expectativa de vida atingiu 72,8 anos em 2019, um
aumento de quase nove anos desde 1990. Prevê-se que novas reduções na
mortalidade resultem em uma longevidade média mundial de cerca de 77,2 anos em
2050.
A
expectativa de vida ao nascer para as mulheres excedeu a dos homens em 5,4 anos
em todo o mundo, situando-se em 73,8 e 68,4, respectivamente. “Uma vantagem de
sobrevivência feminina é observada em todas as regiões e países, variando de
sete anos na América Latina e no Caribe a 2,9 anos na Austrália e Nova
Zelândia”, diz o relatório da ONU.
Crescimento
– Após queda na mortalidade, o
crescimento populacional continuará ocorrendo enquanto a fecundidade permanecer
em níveis altos níveis. Quando a fertilidade começar a cair, a taxa anual de
crescimento populacional também cairá.
Em 2021, a
fecundidade média da população mundial foi de 2,3 nascimentos por mulher ao
longo de uma vida, tendo caído de cerca de 5 nascimentos por mulher em 1950. A
fecundidade global é projetada para diminuir para 2,1 nascimentos por mulher
até 2050.
Em 2020, a
taxa de crescimento global caiu abaixo de 1% ao ano pela primeira vez desde
1950. A população mundial deverá atingir um pico de cerca de 10,4 bilhões de
pessoas durante a década de 2080 e permanecer nesse nível até 2100.
(Com a
Agência Brasil)
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