Há quase três anos, Sulamita Ferreira e Lucas de Farias tiveram suas vidas transformadas a partir do nascimento do pequeno Jonatas, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense. No entanto, a pouca interação do menino com outras crianças e o atraso na fala, fizeram os responsáveis buscarem ajuda para entender o comportamento do filho. Após procurarem uma unidade municipal de saúde, os pais foram regulados para atendimento no Centro Estadual de Diagnóstico para o Transtorno do Espectro Autista (CEDTEA), que atua no diagnóstico precoce e diferenciado de crianças e adolescentes com autismo.
“No início a gente não queria muito aceitar a condição dele. Mas com o tempo, entendemos melhor que apenas por meio do diagnóstico vamos garantir que ele tenha o tratamento adequado e acesso aos seus direitos, como a identificação de pessoa com autismo”, contou Sulamita, mãe de Jonatas.
Nesta terça-feira (18/06), Dia do Orgulho Autista, assim como os pais do Jonatas, outras famílias fluminenses podem contar com o suporte oferecido pelo CEDTEA. Na unidade, inaugurada em abril, os pacientes são atendidos por uma equipe multidisciplinar formada por neurologista, fonoaudiólogo, psicólogo, nutricionista, assistente social, fisioterapeuta e terapeuta ocupacional, em consultórios e espaços apropriados.
“Além da entrega do laudo pela direção médica da unidade, que explica à família a condição da criança, são passadas pela equipe multidisciplinar, orientações sobre o manejo diário da criança de modo a já apoiá-los na evolução satisfatória para a continuidade do tratamento”, ressaltou Michelle Gitahy, superintendente de Transtorno do Espectro Autista da SES-RJ.
Para ser atendido, o usuário precisa ser inserido no Sistema Estadual de Regulação (SER) por uma unidade municipal. O espaço atende todos os 92 municípios do estado e tem capacidade para cem novos pacientes a cada mês.
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