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26/03/2020

APÓS REUNIÃO COM BOLSONARO, WITZEL DIZ QUE DISCORDA SOBRE FIM DO ISOLAMENTO SOCIAL


Ele argumentou que tomou as decisões ao ouvir especialistas, como o ministro da Saúde e da OMS

O governador do Rio, Wilson Witzel, em entrevista coletiva na manhã desta quarta-feira, no Palácio Guanabara, disse que discorda do presidente Jair Bolsonaro sobre o fim do confinamento por causa da pandemia de novo coronavírus. Segundo ele, há 17 infectados em CTI e o número deve aumentar ao longo das próximas semanas. Ele argumentou que tomou as decisões ao ouvir especialistas, como o ministro da Saúde e da OMS.
  
- Retomamos o diálogo, isso foi positivo. No momento, peço para que as pessoas fiquem em casa - disse o governador, negando que esteja em campanha eleitoral.
  
Em reunião virtual com os governadores, na manhã desta quarta-feira, o presidente Jair Bolsonaro bateu boca com o governador de São Paulo, João Doria. O presidente considera que Doria e Witzel estão usando o coronavírus para fazer política. Por outro lado, os governadores cobraram para que Bolsonaro dê o "exemplo" ao país.
  
Witzel não quis se aprofundar no atrito entre Doria e Bolsonaro. O governador argumentou que não é o momento de falar de política.
  
- Não vou me manifestar sobre a situação do presidente com o governador de São Paulo. Aqui me preocupo com o estado do Rio de Janeiro - disse.
  
Segundo Witzel, o pronunciamento de Bolsonaro "não encontra ecos na sociedade".
  
- O espaço democrático é para ter discussões. Não tomamos decisões desarrazoadas. Procuro especialistas quando não conheço do assunto. No momento não há espaço para abertura para o confinamento. Estamos preservando vidas e no caminho para reduzir o Covid-19. Espero que a conversa continue respeitosa. O tratamento, pelo menos hoje, com relação ao presidente foi respeitosa.
  
O governador afirmou ainda que "cada um responde pelos seus atos."
  
- Tudo aquilo que fizemos será avaliado pelas instâncias adequadas. Quem vai avaliar são os órgãos técnicos. O que espera do presidente é o tratamento com respeito. Ele não está obrigada a aceitar o que eu digo. Não é momento político
  
Os governadores também pediram ao presidente que inicie negociações com o Banco Mundial e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para que o pagamento das dívidas dos estados com essas instituições seja adiado por até um ano.
  
Fonte: Extra

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