Ele argumentou que tomou as decisões ao ouvir especialistas,
como o ministro da Saúde e da OMS
O governador do Rio, Wilson Witzel, em entrevista coletiva na
manhã desta quarta-feira, no Palácio Guanabara, disse que discorda do
presidente Jair Bolsonaro sobre o fim do confinamento por causa da pandemia de
novo coronavírus. Segundo ele, há 17 infectados em CTI e o número deve aumentar
ao longo das próximas semanas. Ele argumentou que tomou as decisões ao ouvir
especialistas, como o ministro da Saúde e da OMS.
- Retomamos o diálogo, isso foi positivo. No momento, peço
para que as pessoas fiquem em casa - disse o governador, negando que esteja em
campanha eleitoral.
Em reunião virtual com os governadores, na manhã desta
quarta-feira, o presidente Jair Bolsonaro bateu boca com o governador de São
Paulo, João Doria. O presidente considera que Doria e Witzel estão usando o
coronavírus para fazer política. Por outro lado, os governadores cobraram para
que Bolsonaro dê o "exemplo" ao país.
Witzel não quis se aprofundar no atrito entre Doria e
Bolsonaro. O governador argumentou que não é o momento de falar de política.
- Não vou me manifestar sobre a situação do presidente com o
governador de São Paulo. Aqui me preocupo com o estado do Rio de Janeiro -
disse.
Segundo Witzel, o pronunciamento de Bolsonaro "não
encontra ecos na sociedade".
- O espaço democrático é para ter discussões. Não tomamos
decisões desarrazoadas. Procuro especialistas quando não conheço do assunto. No
momento não há espaço para abertura para o confinamento. Estamos preservando
vidas e no caminho para reduzir o Covid-19. Espero que a conversa continue
respeitosa. O tratamento, pelo menos hoje, com relação ao presidente foi
respeitosa.
O governador afirmou ainda que "cada um responde pelos
seus atos."
- Tudo aquilo que fizemos será avaliado pelas instâncias
adequadas. Quem vai avaliar são os órgãos técnicos. O que espera do presidente
é o tratamento com respeito. Ele não está obrigada a aceitar o que eu digo. Não
é momento político
Os governadores também pediram ao presidente que inicie
negociações com o Banco Mundial e o Banco Interamericano de Desenvolvimento
(BID) para que o pagamento das dívidas dos estados com essas instituições seja
adiado por até um ano.
Fonte: Extra
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