O secretario estadual de Saúde Edmar Santos durante coletiva a imprensa sobre o Coronavirus. Foto: Luciano Belford/Agencia - Luciano Belford/Agência O Dia
Edmar Santos reforça que as próximas duas semanas serão
decisivas e falou da tendência de achatamento da curva de casos, que diminuiu a
crescente de confirmações, mas avisou: 'É para a gente comemorar em casa'
Rio - O secretário estadual de Saúde, Edmar Santos, revelou
que as medidas restritivas para combater o novo coronavírus no estado começam a
apresentar resultados. Nos últimos dias houve uma tendência para o achatamento
da curva de casos, diminuindo a crescente de confirmações da Covid-19.
Entretanto ele reforçou que ainda é cedo para comemorar e que os próximos 15
dias serão cruciais na luta contra a doença, reafirmando que ainda é preciso
ficar em isolamento.
"Ainda são números que não posso afirmar de forma
taxativa, mas nossa curva está numa tendência de achatamento que a gente quer
para o isolamento e dá uma resposta para a população que esse sacrifício de
ficar em casa parece estar dando efeito. (Números de) Pacientes com internações
e que precisam de CTI também estão achatando", disse Edmar, em entrevista
ao Bom Dia Rio, da TV Globo.
O secretário disse que as medidas restritivas adotadas de
forma imediata no estado, com o esforço da população de segui-las, ajudaram a
se ter em menos de duas semanas uma estabilização do número de casos. Ele
destacou que é preciso de ao menos mais 15 dias, mantendo o isolamento, para
saber se é um ponto de inflexão, quando sai da subida, estabiliza ou até cai o
número de notificações.
"Essa curva é para a gente comemorar em casa, que o seu
esforço está valendo a pena. Porque se relaxar, a curva pode disparar de novo.
Já salvamos mil vidas que poderiam estar na projeção da morte com esse
movimento da curva.
Edmar Santos falou que a chegada de 400 mil testes vão ajudar
no controle da doença no estado, já que no início havia poucos kits para testar
os pacientes fornecidos pelo Ministério da Saúde. Com isso, os números de
subnotificações, quando há casos da covid-19 que não são contabilizados, pode
ser muito grande.
"Estamos testando mais do que testávamos no início. Por
mais que possa ainda haver subnotificação, essa curva agora, os números são
mais precisos do que no início, mostrando realmente a tendência. E essa mesma
tendência para internações e para doentes que estão no respirador",
afirmou.
Ele disse que a média adotada no mundo é de que para casa
positivo se tem de 10 a 15 não notificados. No Brasil, "pela lentidão dos
exames no primeiro momento", ele prevê que a margem deve estar de um para
50 ou até 100.
As estatísticas que serão montadas com os testes em pacientes
terão um auxílio de um aplicativo, que vao ajudar a localizar os focos da
Covid-19 e até nas medidas para diminuir as restrições.
"Vamos juntar a medição desses testes que chegaram com o
aplicativo que está sendo desenvolvido gratuitamente, um ato cidadão de um
grupo de pesquisadores, para que a gente possa associar o resultado da pessoa
com o georefenciamento, o lugar que ela mora e circula através do celular dela.
Isso vai permitir que tenhamos uma noção clara de onde o vírus está circulando
e talvez uma base para sairmos das medidas restritivas, com coerência".
O secretário também falou de uma característica do estado nos
casos de coronavírus: o acometimento de muitos jovens, diferente do defendido
que a doença só atinge pessoas idosas.
"É um vírus muito agressivo, os pacientes chegam no
hospital com falta de ar, evoluem rapidamente para gravidade, e muitos morrem
no mesmo dia. E está acometendo jovens. A segunda faixa que mais interna é
entre 30 e 39 anos de idade. Tivemos óbitos também nessa faixa", explicou.
FONTE:O DIA
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