A Petrobras anunciou, em carta enviada ao sindicato da
categoria, que inicia ainda em abril o processo de paralisação das atividades
de pelo menos seis plataformas na Bacia de Campos. Além disso, alguns
trabalhadores destas unidades poderão ser realocados, mas demissões também são
aguardadas.
O objetivo da estatal é atingir a marca de redução de 200 mil
barris por dia em sua produção total como uma das medidas para cortar custos
diante da crise causada pelo avanço do coronavírus.
A Bacia de Campos será uma das mais atingidas e vai
concentrar a hibernação de plataformas que operam em campos maduros e em águas
rasas. Nestes locais, os custos da produção são mais altos.
Além dos campos marítimos, unidades terrestres de extração de
petróleo também sofrerão paralisação de atividades.
A empresa também informou que o processo de hibernação não
causará descontinuidade no processo de venda das unidades.
No texto, a Petrobras destaca que as medidas são fundamentais
para sobrevivência da companhia e que a indústria do petróleo sofre a maior
crise dos últimos 100 anos.
No último domingo, os integrantes da Organização dos Países
Exportadores de Petróleo (Opep) fecharam um acordo que prevê o corte de 10
milhões de barris de petróleo nos próximos dois meses.
Com a menor demanda de petróleo por causa das medidas de
restrição por conta do coronavírus em todo mundo e a guerra de preços entre
Arábia Saudita e Rússia, o preço do barril de petróleo despencou nos últimos
meses e o objetivo é estancar a sangria do valor.
Brasil, Estados Unidos e Canadá terão que contribuir com a
redução de 3,7 milhões de barris pelo acordo com a Opep, já que suas produções
estão em declínio.
Folha 1
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