Valor de mercado de jogadores desvaloriza durante a pandemia
Apandemia do novo coronavírus fez com que o valor de mercado
dos jogadores de futebol desvalorizasse, no geral, 20%. Apenas jogadores
nascidos de 1998 em diante tiveram uma redução menos acentuada, porém
relevante, de 10% de seus valores estabelecidos no período anterior à
disseminação global da doença. Isso é o que aponta o site Transfermarkt,
especializado em negócios do futebol. Ao todo, a desvalorização supera 9
bilhões de euros (R$ 51 bilhões).
"O mercado entrou em colapso, muitos clubes podem estar
ameaçados de insolvência e os planos de transferência foram suspensos devido às
muitas incertezas que existem na maioria das equipes. É dificilmente concebível
que os preços de transferência continuem a subir no futuro como nos últimos
anos", explicou o fundador da página, Matthias Seidel.
A exemplo da desvalorização, o atacante Everton Cebolinha, do
Grêmio, nascido em 1996, considerado pela plataforma o jogador mais caro do
futebol brasileiro, teve seu valor de mercado reduzido de 35 milhões de euros
(R$ 198 milhões) para 28 milhões de euros (R$ 158 milhões).
Em contrapartida, como apontado pelo site, o jogador do
Palmeiras Gabriel Veron, nascido em 2002, teve seu valor de mercado reduzido de
25 milhões de euros (R$ 141 milhões) para 22,5 milhões de euros (R$ 127
milhões). Uma queda menos acentuada comparada com a de Everton.
"Uma avaliação individual dos valores de mercado no
âmbito de atualizações regulares e a ajuda de nossos gestores de valor de
mercado ainda é necessária e ocorrerá novamente o mais rápido possível, porque
nem todos os jogadores devem experimentar a mesma perda de valor devido à
crise", disse Seidel, que prosseguiu: "A atual redução geral no valor
de mercado é uma reação à essa situação extraordinária, na qual não se pode
descartar que dentro de poucas semanas outro ajuste tenha de ser feito".
Na última terça-feira, a Fifa recomendou a prorrogação de
contratos dos jogadores que teriam encerramento junto ao final da temporada
regular europeia, em junho. A entidade máxima do futebol, também afirmou que o
período de janelas de transferências poderá ser prorrogado. Elas aconteceriam
entre o mês de julho e agosto. As recomendações foram elaboradas para amenizar
os efeitos colaterais desencadeados pela interrupção do futebol no mundo.
FONTE: ESTADAO CONTEUDO
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