Cerca de 50 milhões de pessoas no mundo são acometidas por demência
Lembrado dia 21 de setembro, o Dia Mundial de Conscientização
e Prevenção do Alzheimer chama a atenção para a importância do diagnóstico
precoce da doença como forma de aumentar a qualidade de vida do paciente por
mais tempo. Principal doença degenerativa no mundo, ela causa uma deterioração
do funcionamento cerebral com perda de funções cognitivas, prejuízos de atenção
e memória, dentre outros efeitos.
De acordo com a Associação Internacional de Alzheimer, cerca
de 50 milhões de pessoas no mundo são acometidas por demência, sendo a mais
comum o alzheimer. No mundo, a cada 3 segundos uma pessoa desenvolve algum tipo
de demência e estima-se que o número de pessoas nesta condição triplique,
passando para 152 milhões em 2050.
O médico geriatra e professor da Universidade Santo Amaro
Márcio Kamada alerta para a importância do diagnóstico precoce da doença para
que o tratamento seja iniciado o mais brevemente possível postergando os
estágios mais graves do alzheimer. “É uma doença progressiva. Os tratamentos
vão tentar retardar a evolução da doença e tentar manter o idoso no convívio social
para que não fique agressivo ou tenha atitudes inapropriadas socialmente”.
Ele destacou a necessidade de formação adequada dos
profissionais de saúde para que a doença não seja tratada em sua fase inicial
como transtornos como depressão ou ansiedade “É muito importante que os médicos
que estão na atenção primária do Sistema Único de Saúde (SUS) recebam
treinamento adequado para identificar precocemente o declínio cognitivo. Muitos
dos medicamentos para a demência estão disponíveis de graça na rede pública”.
Segundo o médico geriatra, um dos sintomas mais importantes
para o diagnóstico precoce é a perda de memória recente. “A pessoa passa a ser
repetitiva, pergunta algo que tinha acabado de perguntar, sendo que a memória
antiga está preservada, ela lembra de fatos da infância. O idoso esquece onde
guarda os objetos, esquece as palavras. Os familiares percebem que ele perde a
capacidade de fazer contas, de lidar com o dinheiro, de receber um troco”.
Numa segunda fase, diz Kamada, o idoso tem problemas de
convívio social porque aumenta a agressividade, há constante alteração do
humor. Em estágio mais avançado, a pessoa perde a mobilidade, não consegue
comer, trocar de roupa ou tomar banho sozinha e passa a ficar praticamente em
cima de uma cama.
O tratamento é feito com uma equipe multidisciplinar de
médicos, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, educador físico, nutricionista,
assistente social. “Mas o melhor tratamento é a inserção social com acolhimento
familiar e paciência”.
Fonte: Agência Brasil
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