
Os advogados de Wilson Witzel (PSC) entregaram, no final da
última quarta-feira (2), os argumentos de defesa do governador afastado para o
processo de impeachment aberto na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro
(Alerj). A votação deve ocorrer até o próximo dia 17.
A Alerj notificou a defesa do governador, na terça-feira
(1º), conforme publicação no Diário Oficial do estado, sobre a retomada do
processo de impeachment. O prazo seria até a sessão desta quinta (3), mas foi
antecipado pela defesa do governador afastado.
Ainda na quarta-feira (2), Witzel enviou uma mensagem para os
70 deputados da Alerj dizendo que "o RJ vai sofrer", caso ele deixe o
cargo, e pedindo "compreensão" dos parlamentares no processo de
impeachment contra ele.
Contagem para votação
Com a apresentação da defesa de Witzel, o prazo de até cinco
sessões para análise e elaboração do relatório que vai a plenário para votação
começa a contar a partir desta quinta-feira (3).
O relator Rodrigo Bacelar (Solidariedade) deverá apresentar o
relatório que será votado pela comissão — e depois pelo plenário. Ou seja, o
documento deve estar pronto até o próximo dia 17.
O processo estava paralisado desde quando o presidente do
Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Tofoli, acolheu um pedido da defesa para mudar
a composição da comissão processante do impeachment. A decisão foi derrubada
pelo relator, ministro Alexandre de Moraes.
STJ decide manter Witzel afastado
A Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ)
decidiu na última quarta manter Wilson Witzel afastado do cargo de governador
do Rio de Janeiro por suspeitas de corrupção.
Por 14 votos a 1, os ministros decidiram manter decisão do
relator, ministro Benedito Gonçalves, que afastou Witzel do cargo na Operação
Tris In Idem, que investiga irregularidades e desvios em recursos da saúde do
Rio de Janeiro.
A Corte Especial do STJ é formada pelos 15 ministros mais
antigos do STJ. Para a manutenção do afastamento, eram necessários 10 dos 15
votos (quórum qualificado de dois terços).
O presidente do STJ só vota em caso de empate. Mas ao final
do julgamento, o presidente, ministro Humberto Martins, também decidiu
apresentar voto pelo afastamento, formando placar de 14 votos a 1 para manter
Witzel fora do cargo pelo prazo de 180 dias.
Fonte: G1
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