Com executivos entre delatores na Lava-Jato, consórcio tenta abocanhar o mercado milionário de saneamento em todo o estado do Rio
Águas do Brasil, a matriz da concessionária Águas do Paraíba, está se organizando para participar do leilão da Cedae, no Rio de Janeiro.
É a máfia do esgoto tentando ampliar o seu monopólio privado
no sistema de saneamento básico em todo território fluminense. Mas é bom que a
população de todas as cidades saibam o quanto este monopólio sangra a população
de Campos dos Goytacazes (RJ), por meio de sua filial.
Águas do Paraíba pratica uma tarifa extorsiva para abastecer
a maior cidade do Norte Fluminense com água e tratamento de esgoto. A população
paga a tarifa mais cara do Brasil, o que leva alguns os moradores de algumas
regiões, como Travessão a Região Norte a optarem por poços artesianos.
Quem paga R$ 100 pelo consumo de água, por exemplo, tem que
pagar mais R$ 100 pela rede de esgoto que apenas tritura o que é coletado.
Posteriormente, o material é despejado in natura no rio Paraíba do Sul. O lucro
da filial é uma fábula. Confira gráfico extraído do balanço de 2019:
Apesar de conseguir dinheiro público para investimento, a
empresa desobedeceu todos os cronogramas para ampliação da rede de coleta e
tratamento. Em alguns bairros, os dejetos voltam escoam pelas ruas em valas
negras, quando não voltam para os quintais das residências.
Ainda assim, a empresa acaba de ganhar um reajuste de 7,14%
no valor da tarifa.
Águas do Brasil é um consórcio que tem no seu quadro de
sociedade as empresas Queiroz Galvão e
Carioca Engenharia, ambas com executivos na condição de delatores na Operação
Lava-Jato por pagamento de propina a políticos e gestores públicos.
O ex-superintendente de Águas do Paraíba em Campos, o
engenheiro Rodolfo Mantuano, é um dos delatores.
Na cidade, a filial da máfia é agraciada em todos os governos
com reajustes acima da inflação. O consórcio também é dono do saneamento em
Niterói, Petrópolis, Nova Friburgo, Saquarema, Araruama e Silva Jardim.
O consórcio também tem atuado no setor de estradas, detendo
as concessões das rodovias Castelo Branco/Raposo Tavares, em São Paulo,
Rio-Teresópolis, no Estado do Rio, e Viapar, no Paraná.
FONTE:VIU
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