"Já estamos vendo o problema se agravar no país todo. No Rio Grande do Sul, na Bahia, no Ceará. Nunca tivemos uma situação igual", afirma
O governador da Bahia, Rui Costa (PT-BA), prevê que "a saúde vai colapsar e o Brasil mergulhará no caos em duas semanas".
Ele fez a afirmação à reportagem nesta quinta-feira (25),
depois de anunciar a suspensão de todas as atividades não-essenciais no estado
no fim de semana para tentar conter a disseminação do novo coronavírus.
Leia Também: Explosão de internações e fila de vaga por UTI
viram rotina pelo país no auge da pandemia
"Já estamos vendo o problema se agravar no país todo. No
Rio Grande do Sul, na Bahia, no Ceará. Nunca tivemos uma situação igual",
afirma.
Ele afirma que já tinha mil leitos de UTI exclusivos para Covid-19.
Há dez dias, abriu mais 200.
"E eles lotaram de uma hora para a outra, da noite para
o dia", afirma. A situação é tão dramática que há hoje 195 pacientes na
fila da UTI, necessitando de tratamento intensivo sem ter como recebê-lo.
O estado registrou nesta quinta o recorde de cem notificações
de óbitos. "No auge da primeira onda, em julho do ano passado, registramos
80 mortes no pior dia", afirma.
O governador acredita que, além de a população estar exausta
de cumprir medidas de isolamento, as novas cepas do coronavírus que já circulam
no Brasil -em especial a de Manaus -são mais contagiosas e letais.
"Temos hoje, ainda, um menor número de infectados, mas
uma explosão de internações e de mortes muito mais grave do que em julho de
2020", afirma. "Antes, a quase totalidade das mortes era de pessoas
de mais de 60 anos. Agora, jovens, de 30 a 50, também estão sendo vítimas
fatais."
Naquele mês, o estado registrava 30 mil casos ativos de
Covid-19 e 800 leitos de UTI ocupados. Nesta semana, são 18 mil casos ativos e
1.200 leitos ocupados, além do número recorde de mortes em um único dia.
"A pressão nunca foi tão grande", afirma ele.
FONTE: FOLHAPRESS
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